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Escola António Correia de Oliveira combate gordura

Ensino

2011-04-06 às 06h00

Redacção Redacção

Com 38% dos alunos obesos, a Escola António Correia de Oliveira empenha-se num combate à obesidade dos seus alunos, começando por sensibilizar... os pais.

Citação

Trinta e oito por cento dos alunos da Escola Básica 2,3 António Correia de Oliveira, em Esposende, são obesos ou com sobrepeso. Há que envolver todos os intervenientes da comunidade para resolver este problema.

Este valor percentual, acima da média nacional, é a conclusão “preocupante e assustadora” de um estudo realizado junto da população estudantil da Escola Básica 2,3 António Correia de Oliveira, do 5.º ao 9.º anos de escolaridade, num total de 646 alunos, pelo Grupo de estágio de Educação Física do Instituto Superior da Maia, a leccionar nesta escola.
Os números “alarmantes” foram anunciados num Seminário na Casa da Juventude, em Esposende, com a presença do vereador do Desporto, Rui Pereira e das nutricionistas Ana Rodrigues e Joana Nogueira.

A obesidade foi considerada como um dos principais problemas de saúde em Portugal e que acarreta gastos enormes ao erário público, sendo apontadas causas como o sedentarismo, o consumismo da sociedade, a publicidade e hábitos de alimentação errados por parte da população, que há que corrigir. “A maioria destes alunos passam quatro a cinco horas por dia a ver TV ou sentados no computador”, referiram Luís Lourenço, Fernando Ferraz e Eliseu Osório, responsáveis pelo inquérito. A grande maioria dos alunos não pratica desporto escolar, apesar da escola oferecer seis modalidades diferentes.

Crítico face a este problema foi o vereador Rui Pereira, ao referir que “não se faz uma verda-deira aposta na actividade física”. Apontou o dedo às medidas do governo ao pretender acabar com o desporto escolar e interromper o desporto nas AECs, bem como a falta de apoios e a promoção de programas sociais com vista ao desenvolvimento da actividade física.

Joana Nogueira salientou a “falta de peso do nutricionista na sociedade”, reclamando a existência de um nutricionista nas escolas. Baseada na prática do dia a dia, lembrou que mais do que trabalhar os filhos “há que trabalhar os pais” na medida em que a obesidade é uma doença comportamental. Daí a necessidade de criar hábitos de uma educação alimentar saudável e apostar na prevenção.

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