Este ano, o festival abraça uma nova direção e também uma nova abordagem. Sem descartar o passado e o caminho que tem vindo a ser construído nos 33 anos de existência, os Encontros querem olhar em frente, com o intuito de democratizar a fotografia tanto pela sua fruição, como pela sua criação — para ouvir sobre a experiência individual e coletiva.

Da nova direção fazem parte Carla Bacelar Ferreira, Noora Manty e Simone Almeida, que, apesar de terem entrado em anos distintos, fazem parte da história do festival há mais de 5 anos. Simone Almeida, directora de produção e agora também directora artística dos Encontros, remete-nos para o que se mantém como objectivo principal da 33ª edição: “este ano, queremos continuar a dar palco aos fotógrafos e aos seus projetos, ver perspectivas novas sobre o que é o mundo”.

“A minha experiência com o festival prende-se sempre com um sentimento de encontro entre o conhecido e o desconhecido, sejam pessoas ou pensamentos. E é isso que queremos continuar a promover,” acrescenta Carla Bacelar Ferreira, também parte do festival desde 2015, tanto na produção e apoio às exposições, como na gestão do prémio de livros de fotografia e do arquivo da associação.
Já Noora Mänty não só colabora com os Encontros da Imagem desde 2018 na produção, como é também gestora da Galeria da Estação, um dos espaços que acolhe o festival e que mantém uma programação regular de exposições concebidas pela associação. “Este foi o festival que despertou em mim o interesse de investir numa carreira na fotografia, por isso é muito entusiasmante poder trabalhar com profissionais excelentes como a Simone e a Carla”.

Para além de Braga, os Encontros chegarão a outras cidades satélite, com exposições pensadas também para o Porto, Guimarães e Barcelos e os respectivos fins de semana de inauguração. Mais perto do festival serão anunciadas outras atividades paralelas que têm feito parte do roteiro do festival todos os anos, tais como um ciclo de conferências e outro de cinema.

Dos três momentos anuais de submissão de trabalhos, já se encontram abertos dois: a Open Call para os Discovery Awards e para os Photobook Awards. A primeira, que aguarda submissões até 23 de Abril, destina-se a todos os artistas, profissionais ou amadores, nacionais ou internacionais, desde que sejam maiores de 18 anos. Nesta chamada, os artistas podem participar a título individual ou em forma de colectivo. Os finalistas são convidados a expor o seu trabalho durante o período do festival e o vencedor receberá um prémio monetário de 1000 euros.
Já os Photobook Awards, cujo júri é composto por editores, publishers e outros profissionais da indústria, procuram livros de autor, dada a importância que este meio ganhou nos últimos anos como meio fulcral de promoção de fotografia e de storytelling. Os trabalhos submetidos para consideração nesta categoria não necessitam de corresponder ao tema deste ano. Os projectos selecionados serão também exibidos no festival e o vencedor tem também direito a um prémio monetário de 1000 euros.