Em Santo Emilião, freguesia da Póvoa de Lanhoso na estrada que liga às Caldas das Taipas, a festa estava preparada, sendo disso sinais, logo à chegada, o estacionamento todo ocupado, e à distância a vista da bancada completamente preenchida.
Quem chegava via um porco no espeto, pronto para assar e ainda, antes do apito inicial, ouviram-se foguetes lançados e viram-se tochas de fumo azul e branco, cores do Emilianos, sempre ao som de cânticos e bombos.
Aos 13 minutos, lançado por um pontapé longo do guarda-redes Rodrigo para as costas da defesa visitante, Zé Pedro surge isolado em posição frontal, vê o adiantamento do guardião Gabi e faz de chapéu o 1-0. Ouviu-se um foguete.

Aos 16 minutos, a concluir um ataque pela direita, Cláudio faz 2-0. Ouve-se outro foguete e na bancada o bombo rufou.
O Peões, com um plantel tão limitado que só parcialmente preencheu o banco de suplentes, não entrava no último terço de terreno defendido pela equipa da casa. Mesmo assim, adiantou as suas linhas em pressão alta.
Aos 38 minutos, aproveitando os espaços, Cláudio, de novo com um remate cruzado desde a direita, faz 3-0.
A diferença de três golos ao intervalo adensava o ambiente da festa que se aproximava.

Numa rara oportunidade, o Peões esteve perto de marcar aos 53 minutos, quando Hanza, na área do Emilianos, fintou um defesa e ganhou espaço para rematar, mas Rodrigo correspondeu com uma defesa atenta.
Com o avançar do cronómetro, os jogadores, aparentemente a acusar fadiga, foram baixando o ritmo. Os minutos passavam a favor do clube da casa, que vencia por três e podia ir já projectando a subida de divisão, tanto mais que, aos 80 minutos, Grela aumentou para 4-0. Hanza reduziu, aos 83 minutos, para 4-1.
Mas já cheirava a porco assado no espeto, e soltavam-se os foguetes e nas bancadas cantavam “campeões, campeões, nós somos campeões!”