Música, actividades lúdicas e culturais e muita diversão marcam a 2.ª edição do Festival EsteOeste. O evento arrancou ontem e decorre ainda ao longo do dia de hoje no Parque da Ponte, afirmando-se como “um ponto de encontro entre a cultura e a comunidade bracarense”, dando palco a artistas locais e fortalecendo a cena cultural da cidade.
O início desta 2.ª edição aconteceu, na tarde de ontem, ao som de Mazda Fields, no Palco Piscina, grande novidade deste ano que permite ao público usufruir de dj sets e concertos enquanto se refresca.
A edição de 2024 distingue-se por um aumento do número de palcos e por uma redução do número de dias.
“Na 1.ª edição tudo era desconhecido. Fomos muito bem recebidos pela comunidade de artistas, ouvimos o seu feedback e procuramos construir esta 2.ª edição com base nessas opiniões”, revelou Francisco Quintas, da organização. “Uma das coisas que nos apontaram foi a necessidade de que o festival se arrastasse até mais tarde. Nesse sentido, preferimos assim condensar em dois dias uma programação mais alargada. Ou seja, este ano temos menos um dia, mas temos mais um palco e mais artistas do que no ano passado. Houve no fundo uma optimização de recursos”, acrescentou.
O Festival EsteOeste aposta em artistas locais, sendo todos eles bracarenses, com excepção de Mestizana, artista colombiana que se junta ao cartaz.
“A selecção dos artistas tem por base o trabalho que desenvolveram durante o ano e as novidades que têm para apresentar. Quase todos têm novos trabalhos e o crivo, para além da qualidade, passa também pela inovação”, revelou Francisco Quintas.
Todos os artistas que compõem o cartaz apresentam-se no EsteOeste pela primeira vez. “Não há repetições, até porque a ideia é dar palco a todos. O que pretendemos é demonstrar que o ecossistema cultural da cidade está vivo, há muita malta criativa, há muito a acontecer”, sublinhou.
Para além de Mazda Fields, actuaram ainda no dia de ontem
Semi Vitae, Música com Clasen, Maison Vërt, Isa Leen, Wav.In Collective, e Terzi.
O Correio do Minho esteve à conversa com Birou, dos Maison Vërt, que na noite de ontem subiram ao palco Main. O artista bracarense participou na 1.ª edição do Festival EsteOeste com o projecto Cálculo, e nesta 2.ºe dição surge com Maison Vërt e Humble Bee. Birou encara este festival como uma mais-valia para a cidade e para os artistas locais. “A melhor maneira de fomentar a cultura local é promovendo-a. O EsteOeste aposta na prata da casa, dá oportunidade para apresentarmos o nosso trabalho e de novos públicos conhecerem os projectos. Este ano o festival sofreu alterações e estas mudanças vêm permitir que mais pessoas consigam assistir aos concertos e isso é maravilhoso”, disse.
No dia de ontem, “um misto de felicidade e responsabilidade” invadiu Birou, mas “o saldo é sempre positivo”, disse.