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Do ‘Rock in Taipas’ ao projecto Theo e a escola de música
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Entrevistas

2021-11-02 às 06h00

Juliana Martins Juliana Martins

Um sinal de supremacia, um reflexo de pessoas normais, uma criação de rock puro. Theo, um projecto autêntico totalmente à imagem de João Gonçalves e Pedro Conde, feito “essencialmente por gosto”.

Citação

A primeira vez que tocou ao vivo “foi num festival da terra”, o ‘Rock in Taipas’ em 1999. No entanto, a música desde “sempre esteve presente” no seu caminho. Hoje, passados 22 anos e já com 41 anos de idade, João Gonçalves dirige uma escola de música e faz da sua maior paixão a sua vida.
Ao longo de todo o seu percurso, o artista natural de Caldas das Taipas, já foi vocalista e guitarrista de diversas bandas da região minhota, mas foi em 2019 que se apresentou a solo com o projecto ‘Theo'. Este projecto surgiu na pandemia, em pleno confinamento. João Gonçalves confessa que tinha já há algum tempo “vários temas na gaveta” e este período complicado e inusitado foi o mote perfeito para “pegar neles e ver o que surgia dali”.
Dali surgiu o ‘Theo', um trabalho diferente de todos aqueles a que já se entregou. Juntamente com Pedro Conde, o seu apoio na criação dos temas, João Gonçalves afirma que no Theo “fazemos as coisas mais à nossa imagem”. É um projecto de música pura e autêntica, uma música que João Gonçalves admite que “sempre gostou”, uma criação artística que não se deixa influenciar e que não “cede a factores externos”.

É com este pensamento que surge o nome ‘Theo’. Uma palavra que significa Deus para os Gregos, mas que para João Gonçalves representa “um sinal de supremacia, que surge exactamente como uma mensagem para mim próprio neste projecto”, revela o artista de Rock.
Através do Rock Alternativo balanceado com Indie inspirado no Grunge, o que João Gonçalves gosta de chamar “Rock eléctrico com um toque muito humano”, as várias composições que constroem o ‘Theo’ espelham e revelam “o dia a dia de pessoas normais”.
‘Theo’ é, assim, um projecto inspirado em pessoas. No entanto, é simultaneamente um projecto feito e movido para marcar e tocar essas mesmas pessoas. João Gonçalves revela, mesmo, que o grande objectivo é fazer com que o ouvinte se “reveja na sua música” e, acima de tudo, que “goste daquilo que ouve”.

Apesar do principal objectivo ser agradar as pessoas que escutam a sua música, há algo que para o artista é essencial, “ser fiel a esta sonoridade”. João Gonçalves olha para a música como algo autêntico e puro, algo que não se pode deixar manipular e em prol desta ideia de genuinidade, o artista compõem de uma forma totalmente descomprometida, assumindo que não se deixa levar por “ondas e modinhas”.
Independentemente do forte desejo de “pisar grandes palcos”, o principal ponto orientador de todo o percurso do projecto ‘Theo’ é “fazer música que gostamos e divertirmo-nos com isto”, confessam os artistas de rock. João Gonçalves e Pedro Conde reforçam, assim, a música como a sua grande paixão, admitindo que atuam e produzem “essencialmente por gosto”.

Desta grande paixão, já surgiram, assim, algumas sonoridades. No verão de 2020, ‘Theo’ lançou o seu primeiro single, ‘Smoking Gun’, e em Dezembro do mesmo ano lançou o seu álbum de estreia, ‘Sinner’. Mais recentemente, em Julho de 2021, lançou o seu segundo disco, ‘The World is not the same’, um disco modernizado, mas sem nunca perder as suas “raízes na música”.
‘The World is not the same’ retrata o momento pouco comum que atravessamos. “Fala do fim do mundo, fala de esperança, mas essencialmente fala de sentimentos fortes de uma pessoa com os seus problemas normais”, confidencia o músico minhoto.

A pandemia “criou este projecto” e os dois últimos discos foram compostos e produzidos neste cenário inusitado. No entanto, apesar de criados e nascidos neste contexto, o artista confessa que este período “não foi o ideal para mostrar o trabalho ao vivo”, assumindo, mesmo, que conseguir espaços para concertos é, ainda hoje, “um desafio”. 
Embora os momentos ao vivo ainda sejam escassos, João Gonçalves não desanima, garantindo que o público é “o grande combustível para continuar este projecto”. Porém, para além “deste combustível”, o músico salienta também a importância de se apoiar a cultura, a música e os novos talentos, reconhecendo que na sua cidade, Guimarães, “há um esforço em apoiar a cultura''.

Movido pela música e olhando para o futuro e para todo o percurso que ainda deseja percorrer, o músico confessa o forte necessidade de actuar e mostrar o seu trabalho ao vivo, garantindo que o público “pode esperar uma entrega brutal em palco e, acima de tudo, "um concerto de Rock puro”.
Com este compromisso e com a grande vontade de o fazer cumprir, João Gonçalves, confessa, assim, o forte desejo de que, com o actual regresso à normalidade, “os concertos apareçam” e que as suas composições subam a palco.

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