Rejeitada a maioria dos pedidos para afastar juízes por alegada parcialidade
2012-07-03 às 06h00
A União de Sindicatos de Braga promove, de 9 a 20 deste mês, uma quinzena de informação contra as alterações ao Código de Trabalho.
O desemprego no distrito de Braga atingiu em Maio o máximo “histórico” de 65.386 trabalhadores, mas o coordenador da União dos Sindicatos de Braga (USB), Joaquim Daniel, acredita que a situação do desemprego ainda se irá agravar mais com as alterações ao Código do Trabalho recentemente aprovadas e já promulgadas pelo Presidente da República, “porque facilitam os despedimentos, tornando-os mais baratos”.
Joaquim Daniel, que falava ontem durante uma conferência de imprensa para dar a conhecer a situação social do distrito e lutas a desenvolver no período do Verão, assegurou que “o distrito de Braga está numa situação complicadíssima”, admitindo que o número de desempregados apontado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) “é mais largo, dado que não estão contabilizados o total de trabalhadores desempregados e disponíveis para trabalho”.
A par desta situação, o sindicalista mostrou-se preocupado com o futuro, já que teme que o período de férias seja “aproveitado”, como já é habitual, para o encerramento de mais empresas no distrito, algumas delas já com sinais de “estarem com a corda na garganta, porque têm um, dois e mais ordenados em atraso”.
Para tentar inverter as dificuldades, a GGTP-IN e a USB propõem que o Governo “aplique uma taxa sobre as transacções bolsistas com a taxa de 0,4 por cento, sendo criado um subsídio que permita algum rendimento aos trabalhadores desempregados durante este período de crise económica e financeira”.
A USB vai promover, entretanto, uma quinzena de informação aos trabalhadores, de 9 a 20 de Julho, para os mobilizar para a luta contra a aplicação das alterações ao Código do Trabalho.
“Nenhuma entidade patronal está obrigada a aplicar estas alterações”, alertou Joaquim Daniel. E atirou: “as alterações ao Código do Trabalho são inconstitucionais, nomeadamente, porque promovem o trabalho gratuito e não permitem a conciliação do trabalho com a vida familiar”.
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