Oitenta e seis crianças participam desde 30 de Julho, na praia da Costa da Caparica, em mais uma colónia de férias organizada pela Associação Colónia de Maximinos (ACOLMAX). Para muitas é a única possibilidade de gozarem momentos de lazer e convívio nesta pausa escolar de Verão, já que a colónia, a 46.ª que aquela associação promove, destina-se a crianças de famílias com fragilidades económicas e sociais.
A primeira colónia de férias de Maximinos aconteceu em 1979, Ano Internacional da Criança. Um ano antes, em Agosto, Joaquim Ferreira, membro da Congregação Irmãos de La Salle, observou um grupo de crianças que brincavam numa rua da freguesia, deduzindo que “aqueles meninos não tiveram possibilidade de ir até à praia gozar as suas férias grandes”.
Decidiu então reunir vontades para oferecer uma colónia de férias anual, a maior parte das vezes nas praias minhotas de Esposende, Apúlia ou Vila Praia de Âncora, mas também no Algarve e, recentemente, na Costa da Caparica.
Até 2016, a colónia de férias de Maximinos foi promovida pelo Grupo de Jovens Alvorada, organização que ainda se mantém como braço forte da iniciativa. Questões legais obrigaram, naquele ano, à formalização da ACOLMAX como entidade promotora, tendo o irmão Joaquim Ferreira sido seu presidente até 2020.
Rui Oliveira sucedeu-lhe no cargo, depois de ter sido monitor na colónia de férias durante vários anos. Este Verão coordena uma equipa de mais de 30 jovens voluntários que garantem o gozo de duas semanas de férias a valer a quase nove dezenas de crianças, dez das quais utentes no Colégio de S. Caetano e do Instituto Monsenhor Airosa, instituições que prestam acolhimento a menores em risco.
“A colónia de férias não é exclusivamente para crianças de famílias carenciadas, mas tem como foco principal as mais necessitadas e as cujos pais não têm possibilidade de estar com elas neste período”, relata ao Correio do Minho o presidente da ACOLMAX.
A?colónia deste Verão, baseada na EB2,3 da Costa da Caparica, é frequentada por crianças dos seis aos 13 anos de idade.
Para além das idas à praia da margem sul da Grande Lisboa, as 86 crianças beneficiam de visitas ao Jardim Zoológico e a um parque aquático, entre outras experiências a que, de outra forma, não teriam acesso.
Os monitores são elementos do Grupo de Jovens Alvorada, que está a celebrar o seu 50.º aniversário. Rui Oliveira garante que eles “são as tropas no terreno”, garantindo a segurança e bem estar das crianças e a organização das actividades que as mantêm ocupadas durante esta primeira quinzena de Agosto.