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2020-07-12 às 06h00
É com uma devoção fiel que Jorge Palmeira, coleccionador bracarense de brinquedos antigos, com os quais as crianças do século passado se entretinham, guarda a sua colecção própria. Um dia sonha realizar uma exposição e mostrar as peças ao público.
É a segurar nas mãos um grande camião de bombeiros, que data dos anos 50 do século passado, que Jorge Palmeira, um coleccionador de brinquedos antigos, recorda a infância. São centenas e centenas de brinquedos que o fotógrafo bracarense arrecada com devoção fervorosa num cantinho especial em casa e é a colecção de brinquedos que lhe dá ânimo agora também para procurar emprego.
A esmagadora maioria dos brinquedos com que Jorge brincava é de plástico e de latão. São bonecos, trens de cozinha, gaitas e violas, cavalos a puxar carroças, camiões, carros de polícia e de bombeiros, táxis e os modelos mais ‘in’ dos automóveis da época, com os desportivos americanos, de focinho pontiagudo quase a rastejar no chão a lembrar as corridas que outrora se disputavam na terra de curvas e de pontes que todas as crianças concebiam em qualquer terreiro.
“Estes brinquedos são muito especiais e para mim têm todo o valor do mundo”, garantiu o coleccionador à reportagem do ‘Correio do Minho’, para a qual dispôs em exposição na garagem da sua habitação todo o manancial de brinquedos que tem guardados.
“Sempre fui um miúdo que gostava de brincar com os brinquedos que o meu pai comprava. Era a melhor forma de nos entretermos na altura e a verdade é que brincávamos mesmo muito, fazíamos corridas de carros a sério”, contou, lembrando o quintal na casa onde morava, onde se abriam trajectos e buracos profundos para a aventura ser ainda mais intensa à passagem das viaturas de brincar. Entre os principais fabricantes destes brinquedos está a Jato, a Papa Léguas, a Osul, entre muitos outros. O coleccionador diz que, actualmente, estes brinquedos antigos, produzidos praticamente à base de plástico, já são difíceis de ser encontrados.
“Estes brinquedos têm tanto valor para mim que desde cedo comecei a preservá-los da melhor forma, para que, um dia, também os meus filhos pudessem brincar com eles”, disse. Esse dia acabaria por chegar, mas, em pleno séc. XXI, as brincadeiras das crianças são outras. Mudaram completamente e este género de brinquedos começou a ser posto de lado. “Hoje as crianças preferem as tecnologias e os brinquedos têm que ter algum tipo de interacção com elas, senão, são logo preteridos”.
O coleccionador de brinquedos antigos diz que na sua infância essa ‘interactividade’ também existia, só que era ficcionada pela imaginação dos miúdos. “Nós acreditávamos mesmo que estávamos a competir nas corridas de carros que fazíamos e que as carroças puxadas pelos cavalos de plástico eram todos verdadeiros e que troteavam ao som do estalido da nossa boca”.
Lembrando que foi aos 14 anos que começou a trabalhar, Jorge Palmeira diz que o primeiro ordenado que recebeu serviu precisamente para comprar um brinquedo novo. “Era um carro de polícia com sirenes e tudo!”.
Entre os sonhos que tem na vida, o coleccionador de brinquedos antigos confessa que, um dia, gostaria de mostrar a sua colecção numa exposição especial para o público bracarense.
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