‘Março com Sabores do Mar’ com exposição em Esposende
2018-09-19 às 06h00
Município vai ceder ao SC Braga o direito de superfície das inacabadas piscinas olímpicas. Pela cedência, vai receber do clube 400 mil euros e o acesso público a um circuito de manutenção. Proposta vai ser analisada e discutida hoje em reunião do executivo.
É oficial. O Município de Braga vai ceder ao SC Braga o direito de superfície das inacabadas piscinas olímpicas, por um prazo de 75 anos, para a construção do Pavilhão Multiusos que faz parte do projecto da Cidade Desportiva. Pela cedência, e de acordo com informações avançadas pela autarquia, vai receber do clube arsenalista 400 mil euros e, entre outras contrapartidas, o acesso público a um circuito de manutenção.
A proposta - que permite, assim, arrancar com a segunda fase da Cidade Desportiva do SC Braga - vai ser hoje analisada e discutida na reunião do executivo municipal.
Do acordo, consta que o município “poderá utilizar, gratuitamente, o pavilhão multiusos que o SC Braga edificará no terreno duas vezes por ano para actividades próprias, em datas a acordar e que não colidam com as actividades do clube”, explica a autarquia.
Segundo a proposta, o SC Braga “obriga-se ainda a criar um circuito de manutenção na envolvente dos campos de futebol, que permita a realização de actividade física, de acesso público e livre”.
“Esta intervenção vai no sentido de valorizar a área envolvente ao Estádio Municipal de Braga, numa perspectiva de construção de uma nova centralidade urbana”, reforça o município, dando conta de que, “tendo em consideração a importância do projecto para o concelho”, a autarquia isentará o clube, “no enquadramento permitido pela lei e regulamentos municipais, do pagamento de taxas e outros encargos relacionados com as construções objecto do presente contrato”.
Após a deliberação do executivo municipal sobre a proposta, a mesma será submetida a deliberação da Assembleia Municipal.
Recorde-se que, a primeira fase da obra já concluída, integra na Cidade Desportiva um centro de formação, assim como cinco relvados, três naturais e dois sintéticos, um campo de futebol de sete e um para o futebol de praia, aos quais se somam aos dois campos relvados de treino já existentes.
Quanto à segunda fase, para além do Pavilhão Multiusos - que terá capacidade para 1.250 lugares - será edificado um mini-estádio para os jogos oficiais das equipas B e feminina do SC Braga, que terá uma bancada coberta com 2.800 lugares.
Junto ao pavilhão multiusos ficará instalada uma área administrativa, a loja do clube e serviços de apoio aos sócios, uma área residencial com 60 quartos duplos, área de refeitório e de descanso /lazer e ainda um espaço de apoio às equipas profissionais, que integra balneários, ginásio, fisioterapia, hidroterapia com piscina e gabinetes de trabalho.
Projecto concluído na totalidade durante o ano de 2020
Foi através de um comunicado que o SC Braga mostrou o contentamento pelo acordo com o município e resolução do impasse dos últimos meses. Clube lembra que o projecto da Cidade Desportiva é de Interesse Nacional (PIN), conforme consta em Diário da República, aliás, “este é o único projecto desportivo nacional com tal classificação, o que é elucidativo da sua relevância”, acrescenta o documento.
O SC Braga recorda que a “indefinição gerada” em todo o processo causou “um atraso significativo no projecto”, no entanto, deixou a garantia: “é compromisso desta direcção que o mesmo se encontre concluído durante o ano de 2020, contemplando todas as suas valências: Pavilhão Multiusos, Mini-estádio, Área Residencial, Zona Administrativa, Loja, Atendimento ao Associado, Museu e demais espaços de lazer”.
A Cidade Desportiva - “marca reconhecida e elogiada à escala global”, fruto do sucesso do Centro de Formação já em funcionamento - “é um projecto simbólico do SC Braga do futuro” e que, segundo os dirigentes bracarenses, “estará completa antes do centenário do clube”.
No comunicado, a direcção arsenalista valoriza ainda “a confiança que os associados depositaram” para a consecução deste projecto, entendendo “que o acordo agora alcançado é o que melhor serve os proprietários e beneficiários, que são os sócios e os adeptos do SC Braga”.
19 Março 2024
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