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2022-01-27 às 06h00
Comunidade Intermunicipal do Alto Minho lançou projecto ‘Inforisk’. Consequências das alterações climáticas são reais e obrigam a mudança do comportamento dos cidadãos.
Entre os dias 8 e 15 de Fevereiro, a vila de Melgaço acolhe una exposição itinerante de sensibilização e informação sobre os riscos decorrentes das alterações climáticas.
A acção constitui uma das componentes do projecto ‘Inforisk’, apresentado ontem pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
A exposição itinerante passará, de seguida, pelos restantes nove concelhos que constituem a CIM do Alto Minho, alertando para os impactos das mudanças no clima que, actualmente, já se fazem sentir no território, da orla costeira à montanha, das cidades às aldeias. Trasformar conhecimento científico em informação facilmente interpretada pelo comum dos cidadãos, com especial enfoque na população estudantil, é o propósito do ‘Inforisk’, um projecto de mais de 86 mil euros, financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Efi- ciência no Uso de Recursos (PO SEUR), que decorre até ao final do primeiro semestre deste ano.
Quem visitar a exposição ‘Inforisk’ ou aceder a outros conteúdos gráficos e digitais do projecto da CIM do Alto Minho ficará a saber de riscos e consequências das alterações climáticas neste território, nomeadamente os incêndios do ano 2020 que destruiram mais de 30 mil hectares de floresta, ou os deslizamentos de terras em 2019 e 2021, que obrigaram ao realojamento de pessoas.
Bruno Caldas, secretário executivo da CIM do Alto Minho, referiu ontem, na apresentação do ‘Inforisk’, que os incêndios florestais, atendendo à frequência com que têm ocorrido nos últimos anos, constituem uma das principais preocupações resultantes das alterações climáticas.
A erosão da orla costeira que afecta os concelhos do litoral alto minhoto é outros riscos visíveis das alterações climáticas, alertando o responsável da CIM que o aumento da temperatura média anual e das amplitudes térmicas, a par da diminuição da precipitação e a sua concentração em períodos curtos está a conduzir a um défice hídrico num território onde a actividade agrícola é muito expressiva.
No seminário ‘Alterações climáticas no Alto Minho: consciencializar para saber actuar’, que a CIM promoveu ontem, na sua sede, em Ponte de Lima, para assinalar a apresentação do projecto ‘Inforisk’, Joaquim Alonso, investigador da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, afirmou que as alterações climáticas impõem uma reinvenção do espaço rural, invertendo-se o abandono dos campos e das áreas florestais.
‘Inforisk’ visa alcançar sobretudo às crianças que frequentam o ensino básico, estando os responsáveis da CIM conscientes que serão os mais jovens a consciencializar os adultos de que as alterações climáticas não são um chavão, estão a acontecer.
“É importante trabalhar na prevenção para minimizar riscos. Não os vamos conseguir deter, mas reduzi-los, sensibilizando a comunidade para comportamentos adequados a adoptar para estar menos exposta”, salienta o secretário executivo da CIM.
Boas práticas para manter território seguro e atractivo
Um manual de boas práticas no combate às alterações climáticas é um dos suportes do projecto ‘Inforisk’, no âmbito do qual foi concebido também um livro digital interactivo, recurso a ser explorado nas actividades educativas e escolares.
O manual de boas práticas ontem divulgado sintetiza um conjunto de comportamentos que cada cidadão pode assumir para minimizar os riscos das alterações climáticas.
Porque “a grande revolução está no comportamento das pessoas”, são sugeridas alterações aos hábitos de consumo, privilegiando as produções locais.
A reciclagem de materiais e a poupança de água e de energia são outras das quase três dezenas de boas práticas apresentadas no ‘Inforisk’ para “agir local’ no combate a um fenómeno global perante o qual “continuar a viver alheado é perpetuar um comportamento individualista com prejuízo para o futuro de todos”.
“Os impactos das alterações climáticas que já se fazem sentir no Alto Minho, e que tendem a ser mais significativos num cenário de agravamento do aquecimento global, ditam a premência da actuação holística, concertada e integrada, não só em matéria de planeamento, a curto-médio e longo prazos, mas também da acção climática da sua efectivação”, alertam os responsáveis da CIM, que incluem na lista dos riscos reais decorrentes das alterações climáticas a perda de qualidade da água, com aumento de custos do seu tratamento para consumo humano, a perda de solo e de biodiversidade.
“Temos de trabalhar para sermos mais resilientes e conseguirmos manter um território verde, atractivo e seguro”, apela o secretário executivo da CIM.
20 Maio 2022
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