O treinador dos Guerreiros do Minho, Carlos Carvalhal, frisou que a sua equipa vai encarar este dérbi do Minho da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol “como uma final” e que o objectivo dos bracarenses passa por registar o 6.º triunfo consecutivo no campeonato.
“Temos vindo numa senda vitoriosa, fora de casa temos uma prestação excepcional, temos ganho muitos jogos e o mote para amanhã é vencer, com muito respeito pelo Vitória SC, uma equipa boa, com bons valores individuais, um bom treinador e que joga em casa, com o apoio dos seus adeptos. Não estamos em bicos de pés, mas com realismo pensamos que podemos ganhar”, salientou o treinador dos bracarenses.

Segundo o timoneiro dos Guerreiros do Minho, “um dérbi é sempre um dérbi” e que, independentemente de “uma equipa estar em última e a outra em primeiro, há muita vontade de vencer, muito foco”.
Este dérbi do Minho traz ao de cima muitas emoções, sendo que o técnico bracarense não fica imune, mas Carlos Carvalhal defende que a sua experiência lhe dá “uma preparação psicológica e mental” para lidar com este encontro.
“Somos uma equipa técnica equilibrada neste mundo louco em que vivemos, temos que ter equilíbrio e isso faz-nos viver estas situações com alguma razoabilidade. Tenho que pôr de fora o lado de adepto, que só manifesto no final do jogo, muito contente se ganho e extremamente triste quando não ganho”, confessou o técnico.
Os arsenalistas chegam a este jogo depois de cinco triunfos consecutivos no campeonato, o que deixa o SC Braga em igualdade pontual com o FC Porto no 3.º lugar da I Liga. Porém, Carlos Carvalhal mantém o seu discurso de encarar todos os jogos como “uma final”.

Na primeira volta, os vitorianos bateram os arsenalistas por 0-2, num jogo que ficou marcado pela expulsão de Arrey-Mbi. Na óptica do técnico, a equipa bracarense cresceu muito desde essa derrota.
“Sempre disse que a tendência era melhorar, os jogadores cometerem menos erros e ganharem experiência. A equipa não é a mesma de há quatro meses, está mais experiente, mais rodada, já percebe melhor o que é o nosso campeonato, o que é uma rivalidade, tem mais controlo emocional. Faz parte da evolução natural das equipas”, salientou o timoneiro.

Antigo jogador dos Guerreiros do Minho, o treinador bracarense de 59 anos tornou-se, recentemente, o segundo treinador com mais jogos pelos bracarenses, com 153 jogos. Apenas Manuel Cajuda, com 231 jogos, supera o registo de Carlos Carvalhal.
“Tenho muito honra de estar perto de nomes como Manuel Cajuda, Jesualdo Ferreira ou Vítor Manuel, ainda por cima no meu clube do coração. Nós devemos ser mesmo muito boa equipa técnica porque, ser de Braga e ter estes jogos todos não é fácil, temos que ter alguma coisa de especial”, regozijou-se.