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Candidatura do São João a Património Cultural Imaterial abre porta à UNESCO

Braga

2025-06-22 às 06h00

Joana Russo Belo Joana Russo Belo

São João de Braga é, de forma oficial, candidato ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Apresentação da candidatura realizou-se, ontem, cumprindo-se um objectivo antigo da Associação de Festas de salvaguardar património identitário.

Citação

É uma porta de futuro que se abre à UNESCO. A candidatura do São João de Braga ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial - ontem apresentada de forma oficial, no Salão Nobre dos Paços do Concelho - é encarada como “um acto de justiça” e de “reconhecimento”, garantindo, assim, a salvaguarda de um dos marcos identitários da cidade para as gerações futuras, permitindo afirmar a sua singularidade e abrindo novos caminhos, desde logo, a inscrição na lista de Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
“Esta inscrição no inventário abre portas a outros caminhos, dá força a um movimento que também nasceu em Braga com a anterior associação de festas, o Movimento Romarias do Minho, em que cada romaria minhota deveria fazer este processo e no final ganharem outra força face a outras dimensões, nomeadamente, a UNESCO”, revelou André Marcos, da Associação de Festas do São João de Braga, durante a apresentação da candidatura, que foi submetida, no passado mês de Maio, à Património Cultural IP.

Neste sentido, o autarca Ricardo Rio diz ser necessário ir “passo por passo”, tendo “também aqui os pés bem assentes no chão”, lembrando que é isso que deve “guiar quem sonha alto para nunca dar passos em falso”.
“Acho que, neste momento, temos esta etapa para cumprir, era uma etapa necessária, é uma etapa que nós consideramos, eu pessoalmente, absolutamente justificada, que também da nossa parte acaba por representar um acto de responsabilidade e de compromisso, porque, no fundo, a inscrição num inventário de património não é apenas um benefício, é também uma exigência de cumprimento de critérios, de valorização de aspectos que estão inerentes à candidatura e que de certa forma responsabiliza quem quer que venha a assumir funções a seguir nas gerações vindouras”, frisou o presidente da câmara, apontando determinante este caminho de “perpetuar aquilo que é tão distintivo” no São João de Braga.

Considerando ser “uma manifestação, absolutamente, única”, Rio diz ser “a festa mais popular de todas e o momento em que as pessoas mais se identificam”, que afirma “o São João como um traço de identidade histórica”.
“O São João não é apenas uma noite de folia, é um conjunto de tradições e marcos identitários, que constam desta candidatura, que tornam este evento único na nossa cidade, na nossa região, no país e diria até no mundo. Há um sentimento de pertença muito forte dos próprios bracarenses são eles que lhe dão o colorido”, sublinhou, optimista de que a candidatura só possa ter um destino “que é ver reconhecido este evento como património imaterial e que a espera não seja longa.

“Esperemos que não, sabemos que às vezes estes processos vivem de impulsos, eu recordo que a Fábrica Confiança foi classificada num ápice, porque houve vontade política para isso, espero que também o São João possa entrar nessa via verde, que às vezes alguns projectos têm e que eu acho que, neste caso é, absolutamente, merecedor”, revelou o edil.
Também Firmino Marques, presidente da Associação de Festas de São João, não escondeu o orgulho pelo momento simbólico e confessou esperar que a classificação “se venha a verificar muito em breve, tal a justiça e a singularidade com que se apresenta as festividades de São João”.
“Este registo é um acto de responsabilidade e um acto de justiça”, frisou.
Já Jorge Sobrado, vice-presidente CCDR Norte, apontou Braga como “um forte luzeiro de cultura”, que “irradia para todo o país”, e deu conta do “profundo orgulho no trabalho que Braga tem desenvolvido”.

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