Bombeiros distritais recolheram cerca de 61 toneladas de pilhas
2018-09-16 às 15h01
Praia da Foz do Minho em Caminha foi palco para uma das várias acções que, em Portugal, marcaram o Dia Internacional da Limpeza Costeira, levando os voluntários para o terreno para recolher o lixo de todos.
Muitos se chocaram com as imagens de toneladas de plástico que ‘inundaram’ as praias da República Dominicana, mas só cerca de duas dezenas meteram ontem mãos à obra para limpar a praia da Foz do Minho, em Caminha.
A acção realizada em Caminha, por iniciativa da Associação Portuguesa de Lixo Marinho (APLM), marcou o Dia Internacional da Limpeza Costeira que foi assinalado em vários pontos do país.
Numa tarde que não convidou a banhos e quase sem veraneantes, a Foz do Minho foi ‘praia’ para a sensibilização.
Joana e Nelson Pereira, acompanhados pelo filho David, de nove anos, residentes em Vila Nova de Cerveira, foram três dos voluntários que tiraram a tarde para apanhar o lixo da praia, dando continuidade ao trabalho que já fazem em casa numa tentativa de reduzir o lixo que produzem e de separar o que é passível de ser reciclado.
“O David gosta deste tipo de iniciativas e já tem o hábito de apanhar o lixo que encontra na praia ou noutros locais” explica a mãe, revelando que “muitas vezes, é ele que alerta para alguma situação na rua”.
Nelson Pereira assume que “como pais é importante passar esta mensagem de que temos que olhar pelo futuro do planeta”.
As amigas Maria Ribeiro, Amélia Barros e Patrícia Lopes, residentes nos concelhos de Vila Nova de Cerveira e de Caminha, também meteram ontem mãos à obra na limpeza da praia.
Patrícia Lopes sublinha que a acumulação de plástico nos oceanos é um problema cada vez mais actual, mas acredita que “se cada um fizer um bocadinho pode fazer a diferença”.
No dia-a-dia, Patrícia Lopes separa os resíduos e evita sacos de plásticos, optando por comprar a granel e levar os seus sacos.
Amélia Barros, que se preocupa com os animais marinhos e com a poluição, concorda que “é importante todos ajudarmos”.
Esta voluntária aponta que se vêem muitas coisas na internet, mas faltam iniciativas locais.
Neste contexto, Maria Ribeiro defende que “é uma iniciativa que deve repetir-se” até porque a “praia é lindíssima”, mas “quase sempre se encontra lixo”, desde garrafas a papéis.
Vanda Lourenço, outra voluntária, revela que, no dia-a-dia, tem cuidado e tenta não fazer muito lixo, nem na praia nem noutros locais. “Tenho um cinzeiro para as beatas e tento apanhar as que encontro na praia” exemplifica, acrescentando que tenta ainda chamar a atenção das pessoas que a acompanham.
À acção na praia da Foz do Minho, associaram-se o Aquamuseu do Rio Minho; a Capitania do Porto de Caminha; o Município de Caminha; a Associação Transfronteiriça de Educação Ambiental ‘atearaia’ e a Associação de Defesa do Património Corema.
18 Março 2024
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