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2023-04-16 às 06h00
Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar começou a ser construído em Esposende. Investimento de 4 ME é assumido pela Câmara Municipal que reclama comparticipação do PRR.
Ontem, dia que classificou de “histórico” para o concelho, o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, pediu apoio do Governo à instalação do Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar (LISA) do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), um investimento de cerca de quatro milhões de euros assumido na íntegra pela autarquia.
Na cerimónia de lançamento da primeira pedra do LISA, na presença das ministras do Ensino Superior, Elvira Fortunato, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, Benjamim Pereira afirmou que as novas instalações do IPCA representam um “esforço financeiro muito significativo para o Município”, pelo que, apelou à “especial atenção” do Governo ao projecto, nomeadamente através de comparticipação financeira ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
As governantes não deram garantias públicas desse apoio, mas Ana Abrunhosa destacou que o LISA só foi possível de concretizar “porque o Município se substituiu ao Estado”, através de um um protocolo de cooperação com o IPCA. Ao avançar com recursos próprios, “o Município de Esposende dá um exemplo ao país”, sublinhou a governante, depois de o edil ter lembrado que o caminho para a instalação definitiva do IPCA no concelho “não foi fácil”.
"Não foi fácil nem é fácil ter de iniciar as aulas em instalações provisórias, com custos elevadíssimos de adaptação do espaço face às especificidades dos cursos em questão, custos que ainda se mantêm”, apontou Benjamim Pereira.
A presidente do IPCA, Maria José Fernandes, defendeu também que a construção deste equipamento deve merecer comparticipação de fundos europeus.
Esta responsável assinalou que o investimento no LISA permite “aumentar a oferta formativa com enorme impacto no tecido económico e social, nomeadamente com a leccionação de cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP).
No corrente ano letivo, dos 6 807 estudantes do IPCA, 2 218 frequentam estes cursos. Em Esposende, em 2023-2024, funcionarão seis cursos nas áreas da hotelaria, turismo e moldação de plásticos por injecção, este em parceria com uma dos maiores empresas empregadores do concelho.
Maria José Fernandes aproveitou presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para reclamar que “a consolidação dos CTeSP no ensino superior não está a ser acompanhada no modelo e na forma do seu financiamento”, defendendo que estes cursos “não podem continuar a ser financiados apenas pelos programas regionais como sucede actualmente no Norte claramente insuficientes para cobrir as necessidades previstas”.
Temendo que “muitos cursos não serão abertos por falta de financiamento”,?a presidente do IPCA observou que os CTeSP “têm de ser financiados pelo Orçamento do Estado”.
Demografia exige novas vias de acesso ao ensino superior
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, alertou ontem, em Esposende, para o “contexto sociodemográfico” onde se inserem as universidades e institutos politécnicos, defendendo que “as dinâmicas demográficas podem constituir uma alavanca para repensar o modo como as instituições pensam a sua oferta formativa, formulam as suas políticas de investigação, concebem os modos de relacionamento com a comunidade, ou estruturam as suas estratégias de internacionalização”.
Ou seja, a recessão demográfica deve levar as instituições de ensino superior a “diversificar as vias de acesso”, apontando o IPCA como exemplo dessa opção.
Na cerimónia de arranque da construção do Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar (LISA), a ministra considerou que o mesmo consolidará a oferta formativa do IPCA e reforçará a formação de uma importante franja da população da região do Cávado e do Ave.
“O polo do IPCA em Esposende será igualmente importante para o país, ao oferecer cursos técnicos superiores profissionais, cuja importância é já inegável para o desenvolvimento académico profissional e pessoal da nossa população”, relevou.
“Esposende, além de ter realizado um esforço financeiro relevante para a construção deste polo, mostra também uma preocupação para com a qualificação da população da região e do país”, sublinhou Elvira Fortunato, segundo a qual “construir edificado que sirva o propósito da formação e da produção do conhecimento é algo que o país, e em particular o Governo, deve valorizar”.
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