FIFA realça Estádio Amélia Morais
2024-12-23 às 06h00
Bruno Eiras assumiu a direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde na quarta-feira e definiu a melhoria das condições dos operacionais como o objectivo a atingir nos próximos três anos. Sucedeu a Paulo Renato Rocha.
O reforço dos meios humanos e materiais e a formação dos elementos do corpo activo são os objectivos da nova direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, que tomou posse na quarta-feira à noite. A equipa directiva eleita para os próximos três anos é liderada por Bruno Eiras, que sucede a Paulo Renato Rocha, que assumiu o cargo de presidente da mesa da Assembleia Geral. “O nosso objectivo é melhorar as condições dos bombeiros. Queremos também premiar e incentivar os bombeiros para que exerçam o seu trabalho com vontade e queremos que tenham orgulho em serem bombeiros. É uma forma de prestar um bom serviço à nossa comunidade”, disse Bruno Eiras.
O novo presidente destacou que “a nossa medida é motivar, unir o corpo activo e motivá-los a trabalhar em prol da comunidade. Esse é o nosso principal objectivo. As outras coisas aparecem por acréscimo e estamos preparados para lidar com tudo o que aparecer”.
Entre os anseios para 2025, a nova direcção dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde espera poder contar com uma equipa de salvamento em grande ângulo e outra de Mergulho. “Tendo em conta a nossa localização geográfica, com um terreno montanhoso e rios como o rio Homem e o Cávado, faz todo o sentido ter equipas que colaborem em algum acidente ou em actividades desportivas. É uma forma de dar mais formação e motivar os nossos bombeiros”, declarou Bruno Eiras.
O presidente da direcção apelou à presidente da Câmara Municipal de Vila Verde que atribua mais regalias sociais para os bombeiros vilaverdenses.
Além de Bruno Eiras, compõem os novos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde: Artur Barbosa e Rosa da Felicida de Weyers (como vice-presidentes), Lina Mota (secretária), Filomena Vieira (secretária Adjunta) e Bruno Rodrigues (tesoureiro). O presidente do Conselho Fiscal é José Manuel Lopes.
Aposta na formação é essencial
A formação dos elementos do corpo activo dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde é uma das grandes apostas para os próximos temos do Comando liderado por Luís Morais.
O comando espera também poder contar em breve com as equipas de Salvamento em Grande Ângulo e de Mergulho. “São duas necessidades que temos, uma vez que Vila Verde é banhada com dois rios com bastantes praias fluviais muito frequentadas. Temos uma Ecovia sobre o rio Cávado que tem um movimento incrível que justificam meios adequados da nossa parte”, disse o comandante Luís Morais.
Em termos de parque automóvel, a corporação gostaria de poder renovar em breve algumas das viaturas, em especial na área da emergência pré-hospitalar.
“Temos um parque automóvel de viaturas de Emergência Pré-hospitalar já com alguma idade. Vai haver necessidade, neste triénio (2024-2027), de fazer algumas substituições”, indicou Luís Morais.
Todos os meses são feitos cerca de 400 serviços de emergência pré-hopsitalar por mês. Muitos desses serviços são em apoio às corporações dos concelhos vizinhos, como Braga ou Ponte da Barca, por exemplo,
A partir de 2025 o comando espera poder contar com a colaboração da autarquia de Vila Verde para a aquisição de novos equipamentos. “Ouvi com agrado a senhora presidente de câmara dizer que está pronta para um concurso do Portugal 2030. Certamente trará um conjunto de equipamentos que nos vai trazer melhor capacidade de resposta”, indicou o comandante Luís Morais. “Em 2025 deve surgir também uma turma preparada para a primeira intervenção em acidentes estruturais”, apontou Luís Morais.
Júlia Fernandes: “bombeiros desempenham missão importantíssima para a comunidade”
Os “Bombeiros Voluntários de Vila Verde cumprem uma missão importantíssima e insubstituível para a segurança e protecção das pessoas”. Quem o diz é a autarca Júlia Rodrigues Fernandes, a propósito dos 99 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde.
A autarca destacou ainda, “o labor, a inexcedível dedicação e o sentido fortemente humanista dos Bombeiros, membros de grande relevo no serviço da Protecção Civil” em Vila Verde.
Em termos de apoios municipais, Júlia Fernandes destacou a atribuição de um subsídio de 30 mil euros para a compra de uma auto-escada com 30 metros de altura, um subsídio anual de 40 mil euros, o pagamento de 50 por cento do vencimento dos 10 elementos que compõem as duas equipas de intervenção permanente (EIP - no valor de 75 mil euros anuais) e o pagamento de despesas correntes como as contas da água e da electricidade e os seguros do corpo activo.
“Procuramos também apoiar e estimular o voluntariado da corporação, com um conjunto de incentivos, designadamente através da isenção das taxas de urbanização e edificação para habitação própria ou permanente aos voluntários. Atribuímos igualmente benefícios no acesso a serviços do município e majoração das bolsas de ensino superior para os bombeiros”, acrescentou a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde.
A edil vilaverdense a anunciou ainda um plano de forte reforço de meios e equipamentos, que abrange também o serviço municipal de Protecção Civil.
Ao serviço da população há 110 anos
Um incêndio na casa de um padeiro da vila e outro na residência de um comerciante, em Setembro de 1911, levou à intervenção rápida de vários populares. O jornal ‘Folha de Vila Verde’ relatou a 1de Outubro de 1911 que “Dada a voz d’alarme começou a afluir bastante gente…esforçando-se todos em promover a extinção do fogo, que irrompia assustadoramente das traseiras do prédio”. A mesma notícia refere que “subindo ao telhado alguns populares, capitaneados pelo Sr. Gaspar Guimarães, que se houve com o maior arrojo e dedicação, conseguiram eles localizar o incêndio, que era extinto decorrida cerca de uma hora, tendo causado prejuízos superiores a 100$000 reis”.
Dois anos depois (1913) seria criada a primeira Comissão de Bombeiros de Vila Verde.
Foi também nesse ano que foi adquirida a primeira auto-bomba, paga pela população vilaverdense com a ajuda da Câmara Municipal. O equipamento custou 800 escudos, sendo que o município contribuiu com 300 escudos. A Câmara Municipal de Vila Verde disponibilizou ainda 300 escudos para que a primeira Comissão de Bombeiros desse origem ao processo para criar o primeiro corpo de bombeiros.
“E que em caso que se algum fogo levantasse, o que Deus não queira, que todos os carpinteiros e calafates venham aquele lugar, cada um com seu machado, para haverem de atalhar o dito fogo. E que outrossim todas as mulheres que ao dito fogo acudirem, tragam cada uma seu cântaro ou pote para acarretar água para apagar o dito fogo”, lê-se num documento da época, sobre a criação do corpo de bombeiros.
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