SC Braga inicia “novo ciclo” sem carlos carvalhal
2025-04-22 às 06h00
Páscoa da Cónega voltou a cumprir-se, ontem, em Braga, com quatro cruzes na Rua da Boavista.
A tradição voltou a cumprir-se na Cónega. Segunda-feira de Páscoa, em Braga, é sinónimo de Compasso Pascal na Rua da Boavista, cumprindo-se, assim, uma tradição secular da cidade, que persiste graças à dedicação e devoção da Comissão de Festas e, este ano, da Família Pimenta, que, apesar de já não residir na rua, fez questão de honrar e homenagear as raízes familiares, aceitando o desafio de serem os Mordomos da Páscoa.
“Somos já a terceira geração, a nossa avó era da Rua da Boavista, eram duas famílias da rua, os Junqueiros e os Pimentas, que depois fundiram-se numa só e, durante muitos anos, nós passámos cá este dia. Entretanto a minha avó faleceu, seguimos os nossos rumos, o meu primo ainda morou na rua, continuámos cá mais uns anos, mas depois perdeu-se um bocado a tradição”, contou ao Correio do Minho João Pimenta, que “manteve sempre muita ligação ao Cónego Manuel”, que desafiou a família a dar vida à Páscoa da Cónega.
“Aceitámos com muito gosto, como a rua e a tradição nos diz muito, porque desde pequeninos que vínhamos para cá, fazia todo o sentido ajudarmos e oferecer-nos para manter viva esta tradição da nossa cidade. É uma tradição que nos diz muito como família por termos morado cá”, sublinhou.
Com o passar do tempo, a Rua da Boavista tem “infelizmente, muitas casas fechadas” e “alojamentos locais”, que na opinião de Fátima Barroso “descaracterizam um pouco e cria alguma dificuldade”.
“Há muitas famílias que já cá não estão, é como tudo, é o desenvolvimento da cidade. Mesmo nós, já não morando na rua estamos a tentar contrariar esse ciclo de sair e não mais voltar. Saímos, mas queremos manter a tradição”, frisaram.
Já Manuel Gonçalves, à frente da Comissão de Festas há vários anos, lamentou que, hoje em dia, as famílias “sejam poucas” na Rua da Boavista e que “todos os anos se fechem portas”, o que dificulta o manter da tradição.
“A nossa rua era uma rua muito povoada, tinha famílias numerosas, vivia-se aqui em família mesmo e, actualmente, já não é isso que se passa. As autoridades camarárias não têm preservado a zona histórica, fazem-se obras, exteriormente as casas estão muito bonitas, mas são divididas em ‘casotinhas’ T0 e T1 e em alojamento local. Não conhecemos já aqui ninguém. Moro aqui há 50 anos e não conheço 90% das pessoas. É triste e lamentável passarmos por estas fases”, desabafou o responsável, agradecendo à Família Pimenta, qual “anjo da guarda que nos apareceu”.
“É uma tradição secular que tentamos, ao longo deste tempo, manter, mas com muito sacrifício. Vamos fazer com que isto seja uma realidade todos os anos”, apelou.
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