Até 28 de Março, o Mosteiro de São Martinho de Tibães transforma-se numa galeria que convida o visitante a embarcar numa viagem ilustrada. Durante as próximas duas semanas, serão promovidas mais de cem actividades, incluindo exposições, oficinas do risco, mercados de arte, masterclasses, horas do conto e espectáculos.
“Este é um evento para famílias. Esperamos que as famílias venham ao Mosteiro de Tibães e desfrutem deste espaço e do Braga em Risco”, referiu Pedro Seromenho, ontem de manhã, na visita inaugural da 9.ª edição do Braga em Risco.

“O nosso objectivo foi transformar o Mosteiro de Tibães numa galeria pelo que as exposições e instalações estão espalha- das por todos os espaços, incluindo pelo exterior”, referiu o curador da Braga em Risco, o festival de ilustração e artes visuais que tem produção da Leituras Encantadas e é dinamizado em parceria com o Município de Braga.
Pedro Seromenho destacou que a temática desta 9.ª edição é a natureza e a ecologia, numa perspectiva de que “a arte e cultura também têm e missão de defender os valores da sociedade”.
O curador manifestou-se ainda “muito contente” por esta edição ser “uma Braga em Risco renovada, com sangue novo e sobretudo a edição mais internacional de sempre”, mas dando também palco ao talentos locais.
Após as palavras de boas-vindas, Seromenho conduziu a viagem pelas exposições patentes.

Entre os destaques desta edição está a colectiva ‘Braga 22x22 – Bracara Natura’, com curadoria de Pedro Seromenho e Marta Madureira. Esta exposição convida o público a embarcar numa viagem ilustrada por 22 espaços verdes do concelho, que foram apadrinhados por 22 ilustradores, reforçando a relação entre arte e património natural. Como tem sido tradição, a exposição deste ano destaca ainda o trabalho de jovens ilustradores do MIA/IPCA, numa clara aposta na renovação do panorama artístico nacional.

O Braga em Risco 2025 conta ainda com a maior participação de sempre de ilustradores estrangeiros, reunindo um total de 14 artistas de diversas partes do mundo, reforçando a sua crescente internacionalização.
A representar o Município esteve Ana Ferreira que fui até ao Mosteiro de Tibães no ‘Autocarro do Risco’, uma das novidades desta edição dinamizada em parceria com os TUB.

Um autocarro faz a ligação entre o centro da cidade e o Mosteiro de Tibães e durante a viagem, os passageiros são transportados para um universo de histórias e criatividade, com a presença de contadores de histórias que dão vida a narrativas inspiradas no imaginário do Braga em Risco. Este autocarro será inteiramente ilustrado, transformando-se numa obra de arte em movimento pelas ruas de Braga.
Ana Ferreira realçou que este novo palco do certame é o Mosteiro de Tibães “que desde Outubro de 2024 “é monumento nacional”. Destacou ainda que “o Braga em Risco se faz “com uma programação muito vasta, que já começou anteriormente nas escolas e na cidade”.
Numa parceira com a Associação Empresarial de Braga muitas montras da cidade estão já ilustradas, trazendo também o festival para o centro urbano.
De realçar ainda que a inclusão continua a ser uma das prioridades do Braga em Risco, com exposições acessíveis a pessoas cegas ou com baixa visão, através de sinopses em braile e ilustrações em relevo de madeira.