O Minho já aloja o primeiro supercomputador em Portugal, que aumenta em dez vezes a capacidade de computação do nosso país. O ‘Bob’, assim baptizada a máquina instalada no Minho Advanced Computing Centre (MACC), em Riba d’Ave, com um Pflop de performance de cálculo, será brevemente ultrapassado pelo ‘Deucalion’, capaz de executar 10Pflops, ou seja, dez mil miliões de operações por segundo.
Os números impressionantes, ontem apresentados na cerimónia de inauguração do MACC, colocarão Portugal verdadeiramente no mapa da supercomputação mundial.
António Cunha, ex-reitor e actual coordenador do Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (Colab DTx), estrutura que operacionaliza a participação da Universidade do Minho no MACC, afirmou que é intenção de fazer deste “um projecto de referência na rede europeia de dados de alto desempenho” e que o ‘Deucalion’, será “um supercomputador de nível mundial”.
O MACC faz parte da Rede Ibériade Computação Avançada e integra a participação nacional na iniciativa europeia ‘Euro HPC’, através da qual já foi garantido o financiamento para a instalação do novo supercompu tador até finais de 2020.
“O MACC é uma aventura muito interessante, uma infraestrutura de apoio à investigação, que vai trabalhar em todos os domínios da computação avançada e que quer ser parceiro de empresas e serviços públicos”, declarou António Cunha na cerimónia de inauguração e de assinatura de dois protocolos para a instalação do ‘Bob’ e para o estudo da futura instalação do ‘Deucalion’ e de alimentação sustentável do MACC.
Presente nas instalações do data center da empresa REN - Redes Energéticas Nacionais, em Riba d’Ave, onde o supercomputador ‘Bob’ está alojado, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, considerou que este “posiciona Portugal no melhor do mundo da computação avançada e processamento de dados”.
O ‘Bob’, instalado no Minho mercê de uma parceria entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Universidade de Austin coloca, segundo Manuel Heitor, Portugal “no mapa dos supercomputadores” que até agora é sobretudo norte americano.
O vice-reitor da Universidade do Minho, Ricardo Machado, destacou o papel da instituição no projecto MACC, nomeadamente “pela capacidade” de alguns dos seus investigadores e pelo “empenho institucional do anterior a actual reitor.”