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Bienal surge como um “projecto de estimulação de públicos”
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Bienal surge como um “projecto de estimulação de públicos”

Braga

2024-05-18 às 06h00

Libânia Pereira Libânia Pereira

Até domingo, a Bienal de Arte e Tecnologia INDEX conta com uma programação alargada, composta por diversos momentos desde exposições, passando por espectáculos, conferências, até à mediação.

Citação

Exposições, conferências, espectáculos e actividades de mediação e participação compõem o programa da Bienal de Arte e Tecnologia INDEX. O evento volta a ocupar vários espaços da cidade de Braga e traduz-se num projecto de “estimulação de públicos”.
Esta 2.ª edição da INDEX teve início a 9 de Maio e decorre até domingo, com uma programação alargada.
Ao nível do Programa Performativo, o palco surge enquanto espaço de projecção de múltiplas realidades, onde se abordará a ideia de Coexistência, na qual se centra o INDEX 2024.
Entre a blackbox do gnration e as duas salas do Theatro Circo, serão apresentadas propostas de diferentes escalas e formatos.
Este fim-de-semana “teremos propostas radicalmente diferentes daquelas que foram apresentadas no primeiro fim-de-semana”, revelou Luís Fernandes, curador do Programa Performativo. No dia de ontem foi apresentado no Theatro Circo “um projecto de cariz comunitário que parte de um processo de construção com a Orquestra de Dispositivos Electrónicos, constituída por músicos e não músicos de Braga, e alunos da Berklee College of Music de Valência, que se juntaram num processo de criação partilhada com resultados deliciosamente imprevisíveis”.
Já no dia de hoje, no gnration, a ideia de folclore IA é o mote para a apresentação da colaboração entre a produtora Evita Manji e o duo dmstfctn, acabada de estrear na Serpentine Gallery, em Londres. “Este é espectáculo com um formato diferente do usual, já que a sua definição depende também do público que interfere no espectáculo através dos usos dos telemóveis”, revelou Luís Fernandes.
Por sua vez, Kode9 regressa a Braga para apresentar Escapology, projecto audiovisual sci-fi que nos permitirá especular sobre realidades alternativas. “Essa ideia ficcional é explorada através de um espectáculo audiovisual. Este é um artista que suscita o interesse do público, e acreditamos que será uma noite bem-sucedida, assim como a anterior por razões diferentes”, considerou.
Recorde-se que já se realizaram na semana passada três performances, perante as quais o público “manifestou alguma surpresa, mas simultaneamente agrado”, disse Luís Fernandes. “Por vezes este tipo de projectos não tem muitas hipóteses de se apresentarem porque não são música, não são só artes visuais, são um híbrido ao qual o público não está habituado. Estamos a tentar contribuir para que se construa um público à volta deste tipo de proposta, que ainda não existe de uma forma muito declarada. Até ao momento posso dizer que o balanço é positivo, está dentro das nossas expectativas”, afirmou.
Ao nível do programa expositivo, a Bienal de Arte e Tecnologia INDEX 2024 celebra o desejo “comum de expandir a cidadania”. Aberta ao público encontra-se uma exposição, com entrada livre, que se divide por diversos locais da cidade, entre eles: o Theatro Circo, gnration, Museu Nogueira da Silva, Reitoria da Universidade do Minho e Mosteiro de Tibães.
Luís Fernandes, co-curador do Programa Expositivo, revela que a maioria dos autores é internacional, contando o trabalho expositivo com dois autores portugueses. Aqui “o 25 de Abril surge como mote para o que significa hoje em dia pensar o conceito de democracia, liberdade e a sua relação com a tecnologia. O mote é expandido para um território mundial. Contamos com artistas dos diferentes continentes, o que os une é esta tentativa de explorar esta ideia de pontos de vista muito diferentes”, referiu.
“De forma mais ou menos directa, os trabalhos aqui apresentados fazem-nos reflectir sobre os regimes de opressão vigentes e imaginar os modos como uma ampliação do projecto da cidadania poderia incluir todas e mais pessoas, na sua relação e interdependência com lugares, paisagens, inteligências, tecnologias e matérias”, revelou Mariana Pestana, curadora do Programa Expositivo.
Já o Programa de Pensamento prevê a realização de diversas conferências que nos “instigam a activar a atenção e a imaginação, persistindo na possibilidade de criar modos de coexistência que nos permitam viver na liberdade que conserva o espaço de inventar mundos comuns”, considera Liliana Coutinho, curadora do Programa de Pensamento.

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