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2021-04-07 às 09h00
‘Que União Europeia para 2030?’ foi o tema da conferência promovida ontem pelo Centro de Informação Europe Direct Minho (CIED Minho), projecto do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA).
A crise pandémica que vivemos veio mostrar que “há falhas” na Europa, que “é necessário mais Europa, mais coordenação e mais solidariedade entre membros”. Por isso, a prioridade agora é dar “um novo impulso à democracia europeia”, defendeu ontem a chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Colares Alves, uma das convidadas da conferência ‘Que União Europeia para 2030?’, promovida pelo Centro de Informação Europe Direct Minho (CIED Minho), projecto do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).
A chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal foi a convidada principal desta conferência, que contou ainda com os contributos do presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e da presidente do IPCA, Maria José Fernandes. A moderação do debate foi assegurada pelo director do jornal Correio do Minho, Paulo Monteiro, contando ainda com as participações do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, Nuno Reis, do presidente da empresa barcelense Valérius, José Manuel Ferreira, e ainda do presidente da Associação Académica do IPCA, João Pedro Pereira.
Pensar sobre o futuro da Europa, assegurou Sofia Colares Alves, “é elevar o nível democrático”, tendo em conta “o bom funcionamento das instituições, assegurando a transparência e controlo das instituições, reforçando a cidadania europeia e fazendo com que os cidadãos tenham voz mais forte”. A pensar nisso, será promovida uma conferência sobre o futuro da Europa, a partir de 9 de Maio, que será “um grande exercício parti- lhado entre todas as instituições europeias e a sociedade civil”.
A chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal adiantou ainda que as prioridades para o Horizonte 2030 são as áreas da saúde, ensino superior e recuperação económica.
Sobre os fundos europeus, Sofia Colares Alves foi peremptória: “há o estigma em Portugal que há muita corrupção e que os fundos são mal aplicados. Não é verdade que tenha havido muita fraude nem é verdade que os fundos foram mal utilizados. As estatísticas e os números dizem que é mentira. Há menos de 1% de fraude na UE e Portugal é um dos países em que há menos fraude”.
O presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, assumiu “o impacto extremamente positivo” da UE. “Tem havido esforços constantes, para além da economia, e o acesso aos quadros comunitários foi muito importante para o crescimento do país e da região”. Mas o presidente mostrou-se “muito preocupado” com a saída da Inglaterra, esperando que o Brexit não seja “o primeiro passo do início do fim”.
Crises como a que vivemos podem ser, ainda na opinião do autarca, “a oportunidade de ter perspectivas diferentes perante a e falta de solidariedade e do poder dos mais fortes sobre os mais fracos”. Miguel Costa Gomes aplaudiu a prioridade da UE em querer dar um “novo impulso” à democracia, já que o populismo em alguns países o preocupa.
Independentemente do que vai acontecer para Miguel Costa Gomes a democracia é “a pedra base” da UE. “O mundo está a ver-se com rivalidades exageradamente economicistas e temos o grande exemplo das vacinas. Aqui percebemos que até neste sector é um ‘corre corre’ dos poderosos para tentar terem o máximo de vacinas”, constatou o autarca, admitindo que a própria UE “foi bloqueada por interesses económicos poderosos”.
Miguel Costa Gomes lançou ainda o desafio da desburocratização. “Temos uma burocracia excessiva nos quadros comunitários. Temos um controlo rigoroso, que é necessário, mas precisamos de um quadro comuni- tário mais ágil, mais rápido e menos burocrata”, apelou.
O presidente da autarquia barcelense lamentou ainda a forma como se condena na praça pública. “Criou-se a ideia que nas autarquias é só corrupção. Isto é falso. Qualquer coisa serve para condenar um autarca e isto põe em causa a democracia. Há uma perseguição e qualquer fiscalização deve ser feita, mas com seriedade e respeito pelos autarcas”, pediu Miguel Costa Go- mes, criticando o facto de ser “fácil denegrir uma pessoa, apenas com uma denúncia anónima, sendo quase necessário arranjar uma polícia para os polícias”.
A presidente do IPCA começou por sublinhar a importância da UE no presente de Portugal e o que é hoje a educação e o ensino superior. “Ninguém tem dúvidas do impacto da UE no ensino”, assegurou Maria José Fernandes, destacando aqui o “programa-chapéu de sucesso” que é o Erasmus.
Sobre as redes europeias, a presidente admitiu que “têm colocado muitos desafios internos”, mas com “um trabalho muito intenso”, pretende-se promover uma melhor educação com o envolvimento de toda a comunidade.
“Este último ano e meio mostrou claramente para quê que precisamos da UE e demonstrou uma coesão muito importante e que veio unir o espaço europeu”, destacou ainda Maria José Fernandes.
15 Abril 2021
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