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Bandas filarmónicas de Vilela e Antas asseguram lugar nas Festas de S. João

Braga

2021-11-29 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga foi ganho pela representante da Associação Recreativa e Musical de Vilela. A Banda Musical de Antas também ganhou direito a participar nas Festas de S. João de 2022.

Citação

A Banda Filarmónicas da Associação Recreativa e Musical de Vilela foi a vencedora da sétima edição do Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga, evento que decorreu, este fim de semana, no Espaço Vita.
A agremiação do concelho de Paredes ganhou o direito a participar na edição do próximo ano nas Festas de S. João de Braga, tal como a segunda classificada no concurso organizado pelo Município de Braga, a Banda de Música de Antas, do concelho de Esposende.

A Banda Musical de Loivos, a Banda Musical de Lousada e a Banda Uniao Musical Paramense ficaram, respectivamente, nos 3.º, 4.º e 5.º lugares do concurso, arrecadando prémios monetários.
Ao maestro Diogo Costa, da Banda Musical de Antes, foi entregue a ‘Batuta de Prata’, prémio destinado ao melhor regente do concurso que o Município de Braga promove desde 2014, este ano em parceria com o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian e a Banda Musical de Cabreiros e com o apoio da das empresas‘Afinaudio’ e ‘Sons do Clássico’.
O concurso bracarense é tido como um certame de referência com objectivos de promoção e sensibilização da musica filarmónica, entendida como expressão artística de elevada expressividade no panorama musical, cultural e etnográfico do país.

A vereadora da Educação da Câmara Municipal de Braga, Carla Sepúlveda, registou, ontem à tarde, na cerimónia de entrega de prémios do Concurso de Bandas Filarmónicas, o papel que estas assumem no “encontro de gerações” e na perpetuação da nossa “identidade cultural”.
Já Firmino Marques, presidente da Associação de Festas de S. João, entidade que assegura contratos no valor de quatro mil com cada uma das duas bandas melhor classificadas para actuação nos festejos da cidade de Braga, relevou “o bem cultural inesgotável e transversal no seu gosto em todo o país” que as bandas filarmónicas representam.

Segundo Firmino Marques, o Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga, projectado há sete anos por Carlos Teixeira, é uma “iniciativa consolidada”.
O presidente da Associação de Festas de S. João, depois de dois anos em que foi impossível levar as bandas filarmónicas aos principais festejos populares do concelho, expressou “esperança com cautelas” de que a Banda Filarmónica da Associação Recreativa e Musical de Vilela e a Banda de Música de Antas possam participar, com outras, nas sanjoaninas de 2022.

Banda Musical de Cabreiros quer continuar ‘conservatório do povo”

A pandemia impediu a Banda Musical de Cabreiros de concorrer ao VII Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga. Coube, no entanto, à única banda filarmónica do concelho fazer o concerto de encerramento do evento, sem avaliação do júri, justificando o presidente Carlos Sousa que a falta de instrumentistas levou a reconhecer que não seria “técnica e artisticamente” viável a concorrência com outras bandas.
A Banda Musical fundada em 1843, após dois anos de quase inactividade, procura agora voltar à normalidade do seu trabalho de formação, produção e divulgação musical.
A escola de música retomou as aulas presenciais em Setembro passado, embora com cerca de metade dos alunos que tinha inscritos antes da pandemia, e as actuações vão retomando pouco a pouco.
O presidente da direcção alegou que, apesar dos constrangimentos causadas pelas ausências no corpo de instrumentistas, era obrigatória a presença da Banda Musical de Cabreiros no evento promovido pela Câmara Municipal de Braga, mais não fosse extraconcurso.

Para este mês de Dezembro, no âmbito do programa ‘Braga é Natal’, a Banda Musical de Cabreiros tem concertos agendados na freguesia onde nasceu há quase 180 anos, dia 12, e no Santuário do Bom Jesus do Monte, dia 19,
“Depois não sabemos”, confessa Carlos Sousa, esperando que os músicos da única banda filarmónica bracarense possam voltar a actuar nas procissões da Quaresma e Semana Santa, em compassos pascais e nas festividades de S. João.
As dúvidas que ainda persistem sobre a evolução da pandemia levam a que, ao contrário do que acontecia até 2019, as actuações para as romarias e outras festas populares de Verão não possam ser confirmadas. “O que temos para os meses de Julho e Agosto são algumas romarias apalavradas”, refere o presidente, preocupado com as consequências que a quebra de actuações tem na sustentabilidade da associação.

Os encargos com a formação e o apetrechamento instrumental são muitos, os contratos para actuações ainda reduzidos e, ao contrário de outras, a Banda Musical de Cabreiros não beneficia de “grandes mecenas”.
Carlos Sousa afirma que a direcção da Banda Musical de Cabreiros recusa enveredar por uma semi-profissionalização que é seguida por algumas congéneres, porque entende que as bandas filarmónicas devem manter o espírito de “conservatórios do povo e para o povo”.

Com a escola de música entendida como “alforbe” de novos músicos, em Cabreiros não se quer perder “o espírito da verdadeira banda filarmónica”, mas a pandemia fez escassear ainda mais os recursos que terão se ser significativos se se considerar que um fardamento pode custar 500 euros, um clarinete de qualidade mediana à volta 1 500 e uma tuba cerca de cinco mil.
O presidente da direcção da Banda Musical de Cabreiros olha para os músicos e instrumentos prestes a subirem ao palco do Espaço Vita para o concerto de encerramento do VII Encontro de Bandas Filarmónicas de Braga, com a esperança, apesar de tudo, de que o 180.º aniversário de uma instituições culturais mais antigas do concelho de Braga em actividade, em 2023, possa ser celebrado com menos ansiedades.

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