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“As empresas devem apostar mais na formação dos recursos humanos”
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“As empresas devem apostar mais na formação dos recursos humanos”

Entrevistas

2022-05-09 às 06h00

Miguel Viana Miguel Viana

Autor do ‘Livro de Ouro para a Gestão dos Recursos Humanos das PME’s’ e professor da Escola Técnica Superior do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave considera importante as pessoas sentirem-se satisfeitas nas empresas.

Citação

‘O Livro de Ouro para a Gestão dos Recursos Humanos das PME’s’ foi o tema central do programa ‘Da Europa para o Minho’ desta semana, da rádio Antena Minho (106 FM).
O entrevistado foi Pedro Melo, que além de ser um dos autores da publicação (juntamente com Carolina Machado) é também professor da Escola Técnica Superior Profissional (ETESP) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e pró-presidente daquele instituto para as áreas do Empreendedorismo, Emprego e Alumni.
Na publicação, Pedro Melo e Carolina Machado abordam as boas práticas da gestão de recursos humanos nas pequenas e médias empresas nacionais.

“Este livro surge em contexto de investigação feita ao longo de 10 ou 15 anos sobre a gestão dos recursos humanos. Foquei nas PME’s (pequenas e médias empresas) no sentido de perceber como é a realidade delas e as suas dinâmicas. O objectivo é ajudar a construir um modelo de gestão de recursos humanos para as PME’s”, indicou Pedro Melo.
Questionado sobre se existe um modelo único de boas práticas na gestão dos recursos humanos, Pedro Melo destacou que “não há regras definidas”, pelo que sugeriu um “equilíbrio entre a formalidade e a informalidade” na contratação de recursos humanos. “Se tivermos empresas bem estruturadas, com precedentes bem definidos, com regras e se essas empresas precisam de mudar, não vão conseguir, porque isso cria atrito organizacional. Por isso, nas PME’s defende-se o equilíbrio entre a formalidade e a informalidade. A informalidade permite flexibilidade e capacidade de mudança”, declarou o docente da ETESP do IPCA.
Pedro Melo concluiu ainda que “as pessoas são o mais importante numa empresa”, pelo que devem sentir-se “felizes no contexto o trabalho.” Tal facto pode ser um importante contributo para o aumento da produtividade de cada empresa.

“Cada vez mais as empresas procuram dar condições para que as pessoas se sintam felizes. e isso vai influenciar a produtividade e a motivação. Existem muitos factores que influenciam a produtividade. Um deles, em particular para mim, é a cultura da organização e as condições que são dadas às pessoas. Se tivermos empresas mais ajustadas à realidade, mais preparadas para dar resposta à capacidade para reter talento, isso será possível. É importante que o trabalhador se sinta identificado com a empresa. Tudo o que seja extra salário e não implique grande aposta financeira, é necessário para que as pessoas se sintam integradas”, destacou Pedro Melo.

O pró-presidente do IPCA aconselhou ainda os responsáveis das PME’s a adoptarem novas formas de gestão. “Temos que olhar muito para o contexto da gestão das próprias empresas. Ainda temos uma gestão muito deficitária que vive muito do dia-a-dia. Podemos ir mais além e querer uma empresa mais direccionada para o contexto da inovação, mais internacional e com outro tipo de estrutura”, indicou Pedro Melo. Uma pretensão para a qual podem contribuir os programas de apoio à internacionalização e as parcerias com entidades internacionais ou estrangeiras. “Isso pode dar bons resultados”, disse.
O programa ‘Da Europa para o Minho’ vai para o ar aos sábados, na rádio Antena Minho, entre as 12 e as 13 horas, e é moderado pelo director do Correio do Minho, Paulo Monteiro, e tem a participação do eurodeputado José Manuel Fernandes.

Formação ministrada pelo IPCA adapta-se às necessidades das empresas

“Quando criamos um curso, procuramos ter sempre uma relação com o que é o mercado”. A garantia foi dada por Pedro Melo, professor da Escola Técnica Superior Profissional (ETESP) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e pró-presidente do instituto para as áreas do Empreendedorismo, Emprego e Alumni, em entrevista ao programa ‘Da Europa para o Minho’ da rádio Antena Minho (106 FM).
O professor da ETESP do IPCA destacou que “estamos a fazer uma integração com as escolas profissionais para perceber quais as áreas que estão a ser investidas, em termos de formação, e tentamos dar-lhes uma continuidade”, particularmente através dos CTesP (Cursos Técnicos Superiores Profissionais). Estes cursos permitem uma actualização de conhecimentos (até mesmo para estudantes com licenciatura). São cursos com cerca de dois anos de duração e com aproximadamente 840 horas (um semestre) de estágio. “Isso permite que os estudantes estejam cinco ou seis meses numa empresa, ou numa instituição e se dêem a conhecer. Permite, também, evoluir em ter- mos de formação e identificar as pessoas que têm condições para continuar na empresa. Permite também ao estudante seguir um percurso de formação. Estamos a receber nos mestrados alunos que vieram dos CTesP”, explicou Pedro Melo.

A aposta do IPCA nos CTesP levou já a instituição a abrir pólos em Guimarães e Vila Nova de Famalicão e a estabelecer a sede da ETESP em Braga. “Criamos uma escola que coordena estes cursos. Estamos deslocalizados para estar próximo das populações, das empresas, e dar resposta a essas necessidades imediatas. As pós-graduações e os mestrados, particularmente os profissionais, também ajudam nesse contexto”, indicou o docente do IPCA.
Na mesma entrevista, Pedro Melo frisou que em Portugal “temos pessoas cada vez mais qualificadas com formação superior ou especializada” e que os cursos correspondem às reais necessidades das empresas.

“Temos cursos direccionados para as necessidades imediatas das empresas. Na ETESP temos, por exemplo, o curso de Soldadura Avançada onde os estudantes já estão a ser preparados para dar resposta ao mercado de trabalho. Temos um CTeSP em Tecnologias e Inovação Informática para dar resposta às necessidades da (empresa) Deloitte. Muitos alunos quando entram para esses cursos já são funcionários da empresa”, destacou Pedro Melo.
O professor da ETESP lembrou que actualmente há cada vez mais licenciaturas feitas a pensar em áreas de negócio específicas e que, no âmbito do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) “surgiram mestrados profissionais preparados com relações próximas às empresas”.

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