É já uma tradição e voltou a cumprir-se. O Município de Arcos de Valdevez assinalou, ontem, o Dia do Emigrante - integrado nas Festas Concelhias em Honra de Nossa Senhora da Lapa -, com o Encontro da Diáspora Arcuense, dirigido a arcuenses que integram os órgãos sociais de associações sediadas nos países de acolhimento. Ao todo, foram cerca de 30 associações presentes de nove países, num grupo de 50 pessoas, que foi recebido nos Paços do Concelho pelo presidente da câmara, João Esteves, e visitou depois alguns pontos emblemáticos, como o Heliporto, em Tabaçô, e a Zona Industrial de Paçô.
Objectivo passa por reforçar os laços entre a vasta comunidade de emigrantes e a sua terra natal, em termos culturais, sociais, turísticos e empresariais.
“É a consolidação de um projecto que iniciámos há uns anos. A câmara municipal sempre se deslocou a esses países, por iniciativas culturais, económicas ou relações de parceria com os municípios dos sítios onde os arcuenses estão e consideramos que seria muito interessante encontrarmo-nos aqui em Arcos de Valdevez e no fundo fazermos um pouco aquilo que é a actualização, o que se passa no concelho, o que aconteceu no último ano, em termos culturais, económicos ou sociais”, referiu o autarca, dando conta de uma “comunidade forte, que está espalhada um pouco por todo o mundo” e o peso “significativo das exportações dedicadas a essa diáspora”.
“Pôr a semente da cultura no coração de cada um dos luso-descentes e descendentes dos arcuenses é algo relevante para a política que perseguimos, que diz que os nossos emigrantes e a nossa diáspora pelo mundo fora fazem parte do processo de desenvolvimento do concelho. E isso implica que tenhamos que intensificar as relações”, frisou João Esteves.
Para além deste reforço das ligações, este encontro funciona como um ‘piscar de olho’ ao regresso dos emigrantes: “julgo que uma parte substancial vai regressar, uma parte poderá, eventualmente, encontrar aqui um ponto de passagem de uma parte significativa do ano e acho que isso é extremamente importante, porque nós temos uma diáspora muito dinâmica lá fora e aqui também há oportunidades. Há várias oportunidades, podem não ser as mesmas que há nos pontos onde eles estão por esse mundo fora, mas também há oportunidades, algo que provavelmente não existia na altura em que muitos deles tiveram que se ausentar”.
Segundo acrescentou o presidente da câmara, “hoje em dia há mais oportunidades, há mais oportunidades para viver, trabalhar e para investir”, sendo que o município de Arcos de Valdevez está alinhado “com esta política do país que tem que olhar para a sua diáspora e valorizá-la, quer eles regressem aqui quer eles estejam nos sítios de origem”.
“São grandes promotores do que é as nossas exportações e grandes investidores em Portugal”, rematou.