“A adesão das pessoas à Festa da Broa já ultrapassou todas as nossas expectativas”. A frase é do presidente da União de Freguesias de Torre e Portela, João Fernandes, e refere-se á festa que decorre na freguesia da Torre até ao fim do dia de hoje.
A adesão popular levou a organização da Festa da Broa a criar mais 260 lugares sentados (passando o recinto a acolher, este ano, entre 620 e 630 pessoas em simultâneo) e a alterar a localização do palco dos espectáculos.
“Tivemos que mudar o palco para fora do recinto onde se cozem as broas e as bolas, para as pessoas terem mais espaço para degustar os petiscos. No anos anteriores o palco estava no mesmo recinto, mas este ano tivemos de mudar o palco para caberem mais pessoas. O recinto já está na capacidade máxima”, destacou João Fernandes.
O autarca de Torre e Portela salientou que no dia da abertura e ontem o recinto foi visitado por largas centenas de pessoas e espera uma verdadeira enchente hoje, último dia da Festa da Broa.
“Contamos ter uma enchente hoje. Se na sexta-feira e sábado tivemos sempre casa cheia, este domingo esperamos ter casa super cheia” disse Joao Fernandes.
Nos fim dos três dias de festa, a organização espera que passem pelo recinto mais de oito mil pessoas.
Para o sucesso da festa contribui o programa variado, sendo que hoje as atenções centram -se nas actuações dos ranchos folclóricos de Cabanelas (Vila Verde) e do Rancho Folclórico de Goães, a partir das 16.30 horas.
A festa encerra às 21.30 horas.
Durante os três dias da Festa da Broa, os milhares de pessoas que se deslocaram ao recinto puderam conhecer o ciclo do pão.
“Em vez de fazermos só um desfile do cíclo do pão, resolver colocar vários espaços na rua de acesso á festa onde as pessoas puderam apreciar as diferentes fases do pão: a sementeira , a colheita, a lavagem, a malhada, o moinho e o forno onde o pão é cozido. Essa foi também uma grande novidade da edição deste ano”, apontou o autarca da União de Freguesias de Torre e Portela.
A edição deste ano ficou também marcada pela inauguração do símbolo da Festa da Broa.
“É uma mulher feita em bronze, vestida com um traje da terra e com uma pá de meter a broa no forno. Foi uma peça desenhada por uma jovem da freguesia de Torre”, salientou João Fernandes.
Durante os três dias da Festa da Broa foram usadas cerca de duas toneladas de farinha.
Além da broa, os visitantes puderam degustar diferentes variedades de bola (de bacalhau, com chouriço, de carne, simples ou de sardinha) e outras iguarias como o bife, o bacalhau, as migas de bacalhau, bolinhos de bacalhau ou as pataniscas.
Na apresentação da festa da Broa de Torre, Manuel Moreira, presidente da Câmara Municipal de Amares, destacou que a Festa da Broa é uma mostra da “ruralidade do nosso concelho e a tradição do povo que em tempos muito trabalhou o campo.” O autarca amarense recordou “o mar de gente “ que participou na edição do ano passado, e que houve até quem viesse de Espanha.