Monção: renovada acreditação do Monção Habitat Criativo
2024-07-27 às 10h14
Numa iniciativa que visa colmatar a falta de profissionais no sector dos plásticos e moldes, os 20 alunos que entrarem em Engenharia de Polímeros na UMinho vão ter as propinas pagas por empresas.
Os vinte estudantes que em Setembro entrarem na licenciatura em Engenharia de Polímeros na Universidade do Minho (UMinho) vão ter as empresas do sector a financiar o valor da totalidade da propina.
Em comunicado, a UMinho explica que aqueles estudantes terão ainda tutor na empresa e, a cada verão, estágios na indústria com despesas pagas.
A propina é financiada para todos os alunos do 1.º ano e, a partir do 2.º ano, os benefícios mantêm-se, desde que os estudantes passem a todas as disciplinas e tenham média superior a 13 valores.
Segundo a UMinho, esta iniciativa visa colmatar a clara falta de profissionais no sector dos plásticos e moldes, área em que Portugal dá cartas no mundo, com as suas 1.150 empresas, 43 mil trabalhadores e oito mil milhões de euros de volume de negócios, cerca de 4% do PIB nacional.
“Na sociedade, tem passado a ideia errada de que os materiais plásticos são nefastos, que vão acabar e que este ramo não tem futuro, mas a realidade é substancialmente distinta, pois a empregabilidade é de 100%, a nossa indústria é uma referência internacional e esta área é fulcral na mobilidade, informática, medicina, construção e em tantos outros campos”, aponta o director do Departamento de Engenharia de Polímeros da UMinho.
João Miguel Nóbrega acrescenta que são necessárias “novas mentes” para levar mais inovação para o sector, “desenvolvendo e processando novos polímeros, biopolímeros e polímeros biodegradáveis para responder aos desafios societais, de acordo com a Agenda 2030 das Nações Unidas”.
O professor realça que a indústria está há anos com falta de jovens qualificados, pois as vagas do curso não são preenchidas e os pedidos de mão-de-obra qualificada cresceram “substancialmente”.
Segundo a UMinho, aderiram já à iniciativa mais de 20 empresas, que nomearão um tutor para acompanhar a formação dos alunos ao longo do curso e irão recebê-los em estágios durante as férias de verão.
Estes estágios durarão duas a quatro semanas e permitirão aprofundar o relacionamento entre os alunos e as empresas associadas.
“No final do curso teremos alunos com mais capacidade de evolução e motivação, o que os tornará melhores profissionais. Na prática, o mercado prefere ter alguém que conhece, ajuda a formar e depois contrata, reduzindo o risco e aumentando a eficiência, em alternativa a contratar profissionais que não conhecem”, disse ainda João Miguel Nóbrega.
03 Outubro 2024
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