Alojamento é uma das questões que mais preocupam estudantes do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, disse ao Correio do Minho Henrique Maciel, presidente da Federação Académica daquele estabelecimento de ensino, vincando que “mais de metade são deslocados”.
O dirigente aponta ainda “a vida académica em Viana, que não existe, e que os estudantes se queixam um pouco, porque se querem divertir ao longo das suas semanas, quando estão em fase de exames, ou mesmo com os seus colegas”.
“Precisam um bocadinho mais de discotecas, mesmo bares, e de coisas para também poderem se divertir”, salienta.
Adiante, refere a questão dos transportes: “nós temos aqui uma central de camionagem, e uma estação de comboios, mas, como sabemos, as próprias greves da CP são muito recorrentes, o que faz com que os estudantes, muitas vezes, tenham que voltar para fazer a exames, ou às aulas, os estudantes colocados, pois a maior parte dos nossos estudantes (não lhe sei dizer a percentagem total), mas bem mais do que metade dos nossos estudantes são deslocados e precisam desse transporte”.
Segundo Henrique Maciel, um dos outros problemas é a relação com a propina: “ cada vez a vida está mais cara e como as rendas também são mais caras, o transporte o mesmo, acaba por o dinheiro da propina não ter sido elevado ao longo dos últimos anos, mas sim, dado ao custo de vida e aos salários serem os mesmos no que toca, ao que eles recebem, ao que os próprios pais lhes dão, porque muitos deles não têm rendimentos, fazem com que a propina também seja um problema”.
Sobre a empregabilidade, diz não haver problema.
“Este Instituto forma muitos excelentes profissionais, em todas as áreas; claro que nem em todas as áreas é tão fácil arranjar emprego”, observa, vincando que aqui em Viana temos a fama de ser pessoas com vontade, com missão, e também com o sentido de procurar cada vez mais”, assegura.