26.ª Conferência Mundial na área da sobredotação, em Braga!
Ideias
2025-05-13 às 06h00
Entramos na última semana de campanha com uma tendência significativa que parece indicar uma vitória da AD e um reforço da sua legitimidade política. Sobretudo se a indicação de descida do PS se concretizar.
Não nos esqueçamos que a razão para estarmos envoltos em novo processo eleitoral decorreu diretamente de uma decisão estratégica do líder do PS de forçar a barra e exigir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para ver respondidas as questões que nunca fez questão de escrever e dirigir ao Primeiro-Ministro.
Independentemente do saudável escrutínio da “vida e obra” de qualquer político que pretenda assumir cargos de responsabilidade, o fito da CPI, como se viu desde início, pouco tinha a ver com esclarecimento.
Numa análise puramente calculista, mas pouco calculada, Pedro Nuno Santos viu no arrastamento da polémica o cocktail ideal que lhe permitiria simultaneamente crescer aos olhos do eleitorado e delapidar o património político maior do governo da AD, o da honorabilidade de Luís Montenegro.
Está hoje claro que a resposta de Montenegro foi não só certa no plano dos princípios como inevitável no quadro político.
Seria indigno ter um Primeiro-Ministro em funções sob investigação pelo Parlamento, sem prazo e sem termo. Seria insustentável aparecer aos portugueses com uma permanente capitis deminutio. Um líder feito suspeito sem a mínima condição de se defender perante as inevitáveis e pérfidas insinuações de um processo que só se queria gerir e conjugar no gerúndio. Teríamos seguramente um rol de notícias plantadas e informações truncadas num contínuo e infindável nevoeiro que insistentemente nos seria vendido como aurora.
O apoucamento institucional assim conseguido dilaceraria um sistema já de si constantemente colocado em crise, mas o objetivo maior – salvar o líder do PS – justificaria o adicional prego no caixão da credibilidade da democracia.
Hoje está claro que o vazio das acusações, das suspeitas e das atoardas só criaram um efeito ricochete. E isto nada tem a ver com as notícias que depois surgiram sobre os negócios imobiliários de Pedro Nuno Santos.
Os portugueses perceberam bem o ponto e o ponto nunca esteve no plano ético, mas no estético.
O quadro que se quer pintar é, agora, o da busca da estabilidade e de uma normalização da governação.
Ora, se o tema é estabilidade, se a prioridade é evitar que o país se perca em precoces e incipientes processos eleitorais e uma maioria de esquerda aparece como, no mínimo, uma quimera, o que sobra aos eleitores é a escolha útil.
Essa escolha útil, para lá da mera racionalidade, é a tradução de uma confiança assente em factos e numa governação proativa que se abstraiu das concretas dificuldades dos arranjos parlamentares e se focou em dar resposta aos problemas dos portugueses.
Se, em cerca de um ano, foi possível valorizar 19 carreiras da função pública que aguardavam por essa dignificação há décadas.
Se, ao mesmo tempo, se valorizaram os rendimentos, tendo-se assistido a um acréscimo do salário mínimo e do salário médio (que cresceu cerca de 6%).
Se foi possível baixar o IRS de uma maneira transversal, mas também se apostou decisivamente nos jovens, ao criar melhores condições para que se possam fixar em Portugal, como se demonstrou com as isenções fiscais no domínio da habitação.
Se os mais vulneráveis viram reforçada a proteção social, com os beneficiários do Complemento Solidário a passarem a usufruir da gratuitidade dos medicamentos.
Se os pensionistas foram valorizados com um suplemento extraordinário.
Se foi colocada em ordem a desordem em que estavam as políticas de imigração, acabando-se com as insidiosas manifestações de interesse e conferindo-se meios, sentido e orientação à AIMA para que, de modo humanista e no estrito cumprimento da lei, desse resposta plena aos mais de 400 mil processos que tinha em atraso.
Se tudo isto se alcançou com as contas públicas seguras e com novo excedente orçamental.
E se, finalmente, a isso acrescentarmos o facto de Orçamento de Estado para 2025 ser o primeiro do Portugal democrático que não aumenta um único imposto.
Se tudo isto foi possível em tão pouco tempo, é ou não de elementares justiça e racionalidade dar as condições a quem o conseguiu para continuar e melhorar esses resultados?
O voto será, por isso, tanto mais útil quanto mais expressivamente rejeite o ato fútil que alimentou a oposição no derrube do Governo.
Será tanto mais útil quanto mais sirva de impulso e estímulo a quem tem uma ideia de país diferente, mais arrojada e mais ambiciosa.
Será tanto mais útil quanto se oriente não pela construção formal de maiorias aritméticas, mas pelas concretas políticas que somem em favor do país e de um futuro verdadeiramente transformador.
E tanto mais útil quanto mais blinde a hipótese de o povo português voltar a ser chamado a breve trecho para novas eleições legislativas, evitando que a democracia se banalize e, lá está, vire mero ato fútil.
18 Junho 2025
18 Junho 2025
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário