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Uma Europa e um Ocidente em crise: a ascensão da direita

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Uma Europa e um Ocidente em crise: a ascensão da direita

Ideias Políticas

2025-01-14 às 06h00

Clara Almeida Clara Almeida

As democracias ocidentais enfrentam desafios políticos significativos, traduzidos numa instabilidade crescente em países como a Alemanha, a França e o Canadá. Estes países, outrora vistos como exemplos de estabilidade e progresso, têm registado um aumento do descontentamento popular, que alimenta uma onda crescente de apoio à direita política. Esta tendência não deve ser ignorada; é um reflexo direto das falhas das lideranças políticas em responder aos problemas estruturais e às preocupações reais das populações.
Na Alemanha, a coligação governamental de Olaf Scholz, composta por partidos ideologicamente divergentes, tem revelado sérias dificuldades em lidar com questões-chave, como a crise energética e a transição ecológica. A incerteza motivada por políticas pouco claras tem alienado a classe média e empurrado os eleitores para partidos como a Alternativa para a Alemanha (AfD), uma força política de direita que tem explorado eficazmente o descontentamento popular com o custo de vida e a imigração.
França, por sua vez, enfrenta um cenário de fratura social. As políticas reformistas de Emmanuel Macron, especialmente a reforma das pensões, desenca- dearam protestos massivos e reduziram a confiança nas instituições. Marine Le Pen e a direita nacionalista têm capitalizado este descontentamento pois posicionam-se como uma alternativa à elite governante e apresentam-se como defensores dos interesses do cidadão comum face à globalização e à burocracia europeia.
No Canadá, o governo progressista de Justin Trudeau perdeu o brilho inicial. As crescentes divisões culturais, a perceção de ineficácia na gestão económica e a introdução de políticas que muitos consideram excessivamente progressistas têm fortalecido os conservadores e outros movimentos mais à direita, o que reflete uma rejeição do excesso de centralização estatal e das políticas identitárias.
Esta ascensão da direita não é um fenómeno isolado. É uma reação legítima aos excessos de políticas que negligenciam a liberdade individual e a meritocracia. Quando os governos falham em garantir estabilidade económica, segurança e coerência nas políticas, deixam um vazio que forças políticas mais radicais prontamente preenchem.
Portugal deve refletir sobre esta tendência. A Iniciativa Liberal apresenta-se como uma alternativa liberal que combina responsabilidade económica, respeito pelas liberdades individuais e políticas sociais justa. Estes valores são essenciais para evitar que o descontentamento das populações seja usado para fins políticos promovidos por movimentos extremistas. O caminho é claro: liderar com visão, transparência e eficiência.

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