Correio do Minho

Braga, terça-feira

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Um Prémio Literário e um Prémio de História dinamizados pela Biblioteca e pelo Arquivo de Famalicão

A responsabilidade de todos

Voz às Bibliotecas

2020-10-08 às 06h00

Carla Araújo Carla Araújo

Para iniciar a crónica de hoje julgo poder começar por afirmar, sem lugar para qualquer vacilo, que a política cultural levada a cabo pelo Município de Vila Nova de Famalicão tem merecido uma já longa afirmação e distinção, tanto a nível regional como a nível nacional. Por essa razão, importantes entidades e organismos nacionais têm encontrado no Município de Vila Nova de Famalicão acolhimento para as mais diversas e variadas parcerias, cooperações e organizações na área dos projetos culturais. Ora, hoje mesmo venho dar conta das recentes atribuições de dois importantes galardões na área cultural, sendo um dinamizado pela Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho, e outro pelo Arquivo Municipal Alberto Sampaio, o Prémio de História Alberto Sampaio.
O Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, destina-se a galardoar anualmente uma obra de ensaio literário, em português e de autor português, publicada em livro, em primeira edição, no decurso do ano de anterior à data de atribuição do prémio. Desde 2010 distinguiu já Victor Aguiar e Silva, Manuel Gusmão, João Barrento, Rosa Maria Martelo, José Gil, Manuel Frias Martins, José Carlos Seabra Pereira, Isabel Cristina Rodrigues, Helder Macedo e Joana Matos Frias.
O júri da edição deste ano decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao livro “O Poeta na Cidade – A Literatura Portuguesa na História”, de Helena Carvalhão Buescu, editado pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Helena Carvalhão Buescu é professora catedrática de Literatura Comparada, na Universidade de Lisboa. Os seus principais interesses de investigação centram-se nos séculos XIX e XX, bem como em questões teóricas da literatura comparada e da literatura-mundo. Colabora regularmente com Universidades estrangeiras como Professora Visitante ou Investigadora. Tem mais de uma centena de ensaios publicados, em periódicos e revistas nacionais e internacionais. Foi fundadora e diretora do Centro de Estudos Comparatistas, pertence ao Conselho do Institute of World Literature e é membro da Academia Europaea.
Por outro lado, o Prémio de História Alberto Sampaio, inicialmente instituído em 1995 pelos Municípios de Guimarães e Vila Nova de Famalicão e pela Sociedade Martins Sarmento, foi renovado em 2016 e passou a contar a partir de então também com o Município de Braga e a Academia das Ciências de Lisboa entre os instituidores. O Prémio de História Alberto Sampaio destina-se a homenagear e a manter viva a pessoa e obra de Alberto Sampaio, promovendo o desenvolvimento dos estudos científicos e investigação nas áreas ligadas ao seu legado, em especial, nas disciplinas da História Social e Económica.
O júri, constituído sob a égide da Academia das Ciências de Lisboa, a quem está confiada a direção científica do Prémio, acaba de divulgar a ata da sua reunião de apreciação final dos trabalhos concorrentes, tendo deliberado atribuir o Prémio de 2020 à investigadora Alice João Palma Borges Gago que apresentou um trabalho com o título “Gentes do Norte pela própria voz. Arquivos de Família da Região de Guimarães - Porto, séculos XV-XVII”. No entendimento do júri, “trata-se de um excelente trabalho de investigação que, a partir da criação de uma base de dados prosopográfica abrangendo a história dos arquivos de seis famílias de Entre-Douro e Minho, procede a uma análise do papel e importância de tais arquivos privados para a compreensão histórica dos processos de mobilidade, de ascensão e de consolidação do estatuto social das famílias analisadas (Valadares, Ribeiro, Magalhães, Carvalho, Cunha e Barreto) ao longo dos séculos XV a XVII.
Para além da contribuição inovadora no domínio da historiografia arquivística, o trabalho de Alice Borges Gago enriquece o conhecimento disponível sobre temáticas fundamentais no domínio da história económica e social”. Em jeito de resumo, as Bibliotecas e os Arquivos podem e devem assumir-se como importantes parceiros para a dinamização de uma vibrante política cultural local e nacional.

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