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Transparência na gestão da coisa pública

O fim da alternância

Transparência na gestão da coisa pública

Ideias Políticas

2020-05-26 às 06h00

Francisco Mota Francisco Mota

Na actual legislatura, que se iniciou ha? pouco mais de meio ano, foram feitas 1054 nomeações poli?ticas (adjuntos, assessores, apoios te?cnicos), o que significa um custo de 3,5 milho?es de euros por me?s e 42,8 milhões ano. Segundo dados divulgadas no Portal do Governo, perspectiva-se um gasto de 171 milhões de euros nesta legislatura em funcionários do governo.

Nos últimos 20 anos, este e? o Governo mais gorduroso, e? o que mais gasta com as nomeações. E? no mi?nimo escandaloso para um pai?s que tem os impostos mais caros da Europa e que esbanja o suor colectivo, do sacrifício das famílias portuguesas e das empresas, trabalhadores e empresários.

Vivemos tempos em que a democracia e a fiscalização não pode estar suspensa e é inaceitável que um partido se confunda com o Governo. Cabe à Assembleia da República assumir o seu papel de escrutínio e fiscalização às nomeações do executivo, papel esse tem estado em confinamento. Se as autarquias locais têm limites nas nomeações políticas, porque o parlamento não legisla no mesmo sentido para os órgãos do poder central? A semana passada deixei o desafio a todas as Juventudes partidárias associarem-se a esta causa e a fazermos da transparência o desígnio de todos para o credibilizar da política.

A minha geração, independentemente de partidos e ideologias, devem combater aguerridamente esta colonização do Estado, entre tachos, favores e enquanto centro de emprego partidário.

Não trazer estas questões para o debate político seria uma traição às novas gerações, sendo que estamos à porta de uma crise económica, a segunda para minha geração numa década. Não denunciar esta atitude de engordar o Estado com os seus, enquanto o bolso das famílias portuguesas emagrece seria de uma hipocrisia indesculpável.

Continuar a patrocinar esta roda livre e sem limite, não se trata apenas de uma irresponsabilidade, mas sobretudo do exemplo em que os políticos se devem tornar perante Portugal e os Portugueses.

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