Correio do Minho

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Todos queremos um Novo Ano, bom!

‘Spoofing’ e a Vulnerabilidade das Comunicações

Voz à Saúde

2021-01-02 às 06h00

Humberto Domingues Humberto Domingues

Oano de 2020 já é passado! Todos ansiamos o seu epílogo o mais rápido possível! Foi um ano duro, vivido numa anormalidade única, devido à “Pandemia Covid-19”, causada por um coronavírus de seu nome SARS-CoV-2. À custa disso, várias gerações desconheciam o que era viver em confinamento, limitação e controle de deslocações e movimentos, limitação de direitos e com a pobreza a “bater à porta”.
Quando os estimados Leitores lerem estas linhas, estaremos já, a viver com pleno direito em 2021. Carregamos todos, muita esperança para este novo ano, que em situação de vida normal, vamos querer compensar tudo o que não fizemos em 2020. O que não vivemos em 2020. Queremos, desejamos e merecemos todos, um novo ano 2021 muito melhor e que nos possibilite vivê-lo sem grandes limitações. A chegada da vacina contra a “Covid-19” veio dar-nos/trazer-nos algum conforto e esperança.
Mas… a chegada da vacina só por si, não vai impedir, para já, que continuemos a usar a máscara, lavagem adequada e frequente das mãos (como deveria ser sempre), do distanciamento social e de toda a etiqueta respiratória. Entretanto milhares de cidadãos serão vacinados com esta nova e inovadora vacina. E daqui a um ano estaremos todos muito mais felizes. Contudo e apesar da vacina, o estado da “Pandemia” exige ao Poder Político e aos Governantes prudência nas palavras e previdentes nas atitudes, sem grande ruído nem mediatismos ocos.
Portugal iniciou a vacinação contra o “SARS-CoV-2”. Momento importante e ímpar da ciência, trazendo benefícios para a Sociedade Portuguesa, Europeia e Mundial. Este momento traduzir-se-á num ganho em saúde, no contexto da Pandemia que se vive agora, e quiçá, noutras doenças/infecções oportunistas. Este é também um momento político, onde o Governo da União Europeia soube estar à altura do desafio.
Este momento político “caseiro” de aproveitamento desmesurado do Sr. Primeiro-Ministro e Sra. Ministra da Saúde é que me parece desajustado. Embora seja politicamente importante e os governantes devem estar presentes, este excesso serve todo um “teatro” para desviar atenções e encobrir as fragilidades e dificuldades do Governo, a vários níveis. Ainda mais desconfortável por ver os Profissionais de Saúde das várias classes a serem usados para e por esta “passerelle política”. Mas se por um lado os Profissionais de Saúde e os Enfermeiros, particularmente, cumprem o seu dever de cuidar de pessoas e executarem as técnicas e procedimentos que só são da sua competência, fazem-no também sob uma tremenda pressão, num volume acrescido de trabalho, com serviços superlotados, Equipas desfalcadas, cansadas, esgotadas e desmotivadas.
Entre outros simbolismos e comemorações, 2020 foi também o Ano Internacional do Enfermeiro, decretado pela OMS. Mal se imaginava que precisamente neste ano de tão nobre comemoração, iria colocar os Enfermeiros, a nível mundial, na linha da frente.
Como em todas as batalhas, muitos destes “soldados” Enfermeiros pereceram no combate. Em muitos países do mundo e particularmente na Europa, inúmeros Governos souberam valorizar, reconhecer, honrar e homenagear os Enfermeiros. Em Portugal aconteceu precisamente o oposto, onde o Governo do Dr. António Costa e das Esquerdas, ostracizou os Enfermeiros, em nada os reconhecendo neste ano simbólico, não tendo nenhuma atitude política e continuando a prejudicá-los, apesar do ano anormal e de comemoração, como atrás referimos.
Chegados aqui, vamos ser positivos. Desejar que com a vacinação seja atingida a imunidade de grupo. Que as ruas e praças se voltem a encher de pessoas. Que os Avós possam sentir os abraços apertadinhos dos netos, que os jardins possam assistir ao passeio, abraços e beijos dos namorados e apaixonados amantes e que os turistas voltem a visitar o nosso Portugal.
Deixo uma certeza a Todos: Em qualquer contexto de necessidade de cuidados de saúde, os Enfermeiros de Portugal nunca deixarão ninguém sozinho, ainda que, de dia ou de noite, sejam os únicos à cabeceira da cama.

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