Mulheres Portuguesas no Quebeque – Caminhos de Liberdade
Ideias
2022-09-05 às 06h00
Setembro é o mês dos regressos. Esta altura marca o regresso às aulas e ao trabalho, mas também desejamos que seja o retorno consolidado a uma vida normal depois dos tempos conturbados anteriores.
Estes dias representam o retorno ao trabalho de muitas pessoas depois das férias e é tempo de retomar rotinas, o que nem sempre é fácil. Muitas empresas terão de estar, como sempre, apostadas em pensar no futuro.
Os primeiros dias de setembro marcam também o regresso à escola para milhares e milhares de alunos de todos os níveis de ensino. Em alguns casos trata-se apenas de voltar a lugares familiares e ao contato com pessoas já muito bem conhecidas. Noutros casos em novas escola, com novas turmas, novos colegas e novos professores, o que na verdade vai um pouco contra a ideia de retorno, mesmo porque depois de alguns avanços e recuos, o regresso ao ensino presencial é agora a regra quase exclusiva.
Há um regresso à escola que é mais especial, que é o dos os alunos que irão pela primeira vez para a universidade. Para estes é quase o inicio de uma nova vida, com contato com novas experiências e aprendizagens, já mais distante da proximidade e da proteção familiar. Quase sempre, trata-se do passo mais decisivo em direção à total autonomia pessoal, o faz com que muita coisa nunca volte a ser o mesmo.
Há também muitos outros tipos de regressos. O Primeiro Ministro regressou esta semana a Moçambique para uma visita oficial. O clima muito amistoso entre os dois estados não impediu que se abordassem dois assuntos muito sensíveis. O primeiro diz respeito ao gás natural que se começa a explorar na Província de Cabo Delgado no Norte Moçambique. António Costa referiu, perante o Presidente Filipe Nyusi, que Portugal “tem todo o interesse” em receber gás de Moçambique em Sines, argumentando que este porto tem “condições únicas” para desempenhar esse papel porque “não está sobrelotado como estão os portos do centro e norte da Europa”. Neste sentido, acrescentou ainda que fazia votos para que a situação de violência terrorista severa que se verifica na região de Cabo Delgado seja resolvida, não só por razões humanitárias mas também para explorar o mencionado gás que poderá vir para Sines. O segundo foi o pedido de desculpas feito pelo Primeiro Ministro, naturalmente em nome de Portugal, pelo chamado massacre Wiriyamu, quando as tropas portuguesas dizimaram um número muito significativo de habitantes de algumas povoações. Portanto, esta visita a Moçambique significou também um regresso simbólico ao passado doloroso da guerra colonial, e a como foi vista do lado Português a Guerra de Independência de Moçambique.
Um outro regresso que podemos ter é o das preocupações com a situação económica das pessoas e das empresas. A inflação diminui o poder de compra e as dificuldades energéticas estão no horizonte. Sobre isto, o Presidente Francês Macron falou explicitamente do “fim da abundância”. O Governo Português, normalmente mais comedido no pessimismo, ainda não seguiu esta linguagem, mas muitos economistas já falam claramente na necessidade de preparar as pessoas. Suponho que estas mensagens tenham o efeito de fazer soar alguns alarmes e lembrar tempos que ainda não estão distantes.
Por fim, daqui a umas semanas, quando escrever a próxima crónica, já terá sido anunciado e terá tomado posse o novo Ministro da Saúde. Esta mudança ministerial serviu para que muitos setores reclamassem uma mudança de política. Importa discutir, por um lado, qual foi a política até agora seguida e, por outro, se é certo ou até legítimo exigir uma com a substituição do ministro da pasta. Isso será o tema da próxima crónica.
Bons regressos a todos!
19 Julho 2025
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