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Voz à Saúde
2023-01-03 às 06h00
A medula óssea é o tecido que preenche o interior dos nossos ossos, com a capacidade de dar origem às células do sangue periférico. Está na base da produção dos glóbulos vermelhos: as células que transportam o oxigénio dos pulmões para todo o corpo; dos glóbulos brancos: os responsáveis pelo combate das infeções e proteção imunitária; das plaquetas: que previnem e param as hemorragias. Em pessoas saudáveis, estas células renovam-se constantemente, mantendo um número estável ao longo da vida.
O transplante de medula óssea pode ser o único tratamento possível para certas doenças que afetam as células do sangue. Ser dador de medula pode fazer de nós a chave para o tratamento que nenhum outro fármaco ou prática de medicina conseguirá igualar.
Sabia que, aproximadamente, 8 em cada 10 doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível que só poderá ser descoberto se estiver inscrito como voluntário?
Quem pode ser dador de medula óssea? Quem for saudável; quem tiver entre 18 e 45 anos de idade; pesar, pelo menos, 50 kg; tiver uma altura superior a 1,5 metros; nunca tiver recebido uma transfusão de sangue após o ano de 1980. Por contraste, saiba que estará excluído de ser dador quem não cumprir os requisitos supracitados, nomeadamente: quem tiver uma idade inferior a 18 anos ou superior a 45; quem tiver uma altura inferior a 1,5 metros ou pesar menos de 50 kg; quem tiver obesidade mórbida, mesmo nos casos de colocação de banda ou bypass gástricos; quem for portador de outras patologias como cardíaca, hepatite B ou C, doenças oncológicas, doenças autoimunes, doenças infetocontagiosas, insuficiência renal, doenças da tiroide, diabetes, anemia crónica, hérnia discal, fibromialgia, glaucoma; quem não compreender a língua portuguesa na forma oral ou escrita; quem não tiver residência estabelecida no nosso país.
Na idade adulta existem duas formas de doar medula óssea: 1. Colheita direta da medula, colhida do interior dos ossos da bacia. Requer, habitualmente, uma anestesia geral e uma breve hospitalização; 2. Colheita de células progenitoras do sangue periférico: através do sangue. O dador tem de fazer, previamente, uma medicação que aumentará a produção e circulação de células no sangue periférico para proceder depois à sua recolha. Importa referir que, a primeira colheita para inscrição como dador corresponde apenas à colheita de uma pequena amostra de sangue periférico como realizado numa análise de “rotina”.
Diariamente, pode consultar a listagem dos diferentes pontos de recolha da amostra inicial, em Portugal, através do site: http://dador.pt/ onde-dar/lista-de-recolhas.
Não existe qualquer custo envolvido para o doador incluindo os procedimentos da doação, ou até viagens que sejam necessárias.
Mesmo que já esteja inscrito na base de dados de Dadores de Medula, um potencial dador pode, a qualquer momento, desistir do processo de doação. Trata-se de um ato voluntário pelo que não há uma obrigação legal, sendo todas as decisões individuais respeitadas. No entanto, a possibilidade de fazer, efetivamente, a diferença na vida de alguém leva a que muitas das pessoas, quando compatíveis, prossigam o seu processo de doação.
De salientar que, a medula é um tecido que se regenera rapidamente, pelo que é possível fazer mais do que uma dádiva. Já imaginou como seria salvar mais que uma vida doando, “apenas”, uma parte de si?!
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!
25 Março 2023
21 Março 2023
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