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Ideias
2021-12-03 às 06h00
A democracia constrói-se e reforça-se com debates e disputas eleitorais. É um valor europeu do qual não podemos abdicar. Para isso, a existência de partidos é essencial. Precisamos de alternativas para que todos se sintam representados e, se tal não acontecer, não é difícil criar um novo partido.
A democracia impõe regras e prazos a cumprir. Alguns, felizmente poucos, preferiam a tirania, a ditadura, só um a mandar, até porque dessa forma a decisão é mais rápida e há menos “tachos”. Não há democracia sem eleições. Depois de uma contenda eleitoral nacional, não deixamos de ser portugueses, de querer que o governo realize um bom trabalho, mesmo que o candidato em que votamos tenha perdido.
Os partidos também têm eleições para escolherem os seus líderes nacionais, ainda que com regras diferentes. Tal também devia acontecer para a escolha das estruturas e líderes concelhios. Mas há partidos radicais que não gostam das mais elementares regras democráticas, em que as estruturas concelhias não são eleitas pelos respetivos militantes e a estrutura distrital nomeia as estruturas concelhias! Tal como nomeia, também destitui, independentemente da vontade dos militantes das concelhias. É centralismo, autoritarismo e falta de democracia. Não admira, pois, que neste tipo de partidos os resultados eleitorais sejam à “Coreia do Norte”.
No PSD, as estruturas locais e distritais são eleitas diretamente pelos respetivos militantes. O mesmo acontece com o líder do PSD.
Nos partidos, as eleições internas também deverão significar debate, alternativa, legitimidade. Foi o que aconteceu nas eleições internas do PSD do passado sábado. Rui Rio ganhou as eleições internas, reforçou a sua legitimidade e apresenta-se muito mais forte nas eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro. Tal também resulta do facto do opositor ter sido Paulo Rangel, que é altamente competente, conhecido, apreciado, respeitado e preparado. Sempre afirmei que, face à excelente qualidade dos dois candidatos, quem ganhasse ficaria fortemente reforçado aos olhos dos portugueses. No final, o PSD seria quem mais ganharia.
Apoiei o Paulo Rangel que conheço bem, de quem sou amigo e com quem trabalho diariamente no Parlamento Europeu. Também fui derrotado. Mas sei que o PSD ficou mais forte. Aliás, fui contra o adiamento das eleições, porque sempre estive convencido que, independentemente do resultado final, o PSD ficaria reforçado. Repare-se no – mau - exemplo do CDS/PP que, ao adiar as eleições internas, se prejudicou, deu azo a enormes divisões e até demissões dando – infelizmente - uma péssima imagem e mensa- gem aos portugueses.
A legitimidade política é essencial. A disputa interna tornou o PSD mais forte, vivo e mediático. Teremos ainda mais um momento para falar para Portugal com o congresso de 17, 18 e 19 de dezembro. O PSD também conseguirá sair mais unido. Ninguém deixa de ser social-democrata depois das eleições internas, tal como ninguém deixa de ser português depois das eleições nacionais.
António Costa e outros dirigentes socialistas têm na memória as feridas e as fraturas que ainda existem resultantes da disputa eleitoral Costa/Seguro e gostavam que tal resultado acontecesse no PSD. Enganam-se. O PSD estará mobilizado, Rui Rio está reforçado e não há um único militante que não considere Rui Rio melhor do que António Costa. Acresce que o resultado das eleições internas adicionou ao homem sério, corajoso e experiente uma outra mensagem aos portugueses: Rui Rio é combativo, resiliente e até consegue ganhar contra as expectativas.
A alegria que alguns socialistas têm, pensando que o PSD ficaria dividido e mais fraco, vai tornar-se rapidamente em tristeza.
Portugal precisa de um governo liderado pelo PSD. O PS não merece uma terceira oportunidade. O atual governo é incompetente e está completamente desgastado. Basta! Não podemos continuar a assistir passivamente ao afundar de Portugal. Estamos cada vez mais na cauda da Europa, ao perdermos competitividade e produtividade. Não temos um Portugal coeso e com igualdade de oportunidades. Recupero uma frase simples de Paulo Rangel, mas muito significativa: “Temos de criar riqueza para diminuirmos a pobreza”. O PSD acredita na iniciativa privada, nas PME, no empreendedorismo. O PSD sabe que é desta forma que se cria riqueza e assim se possibilita um estado social mais forte. O PSD valoriza o voluntariado, as IPSS e o trabalho de todas as instituições sociais, como as misericórdias.
O PSD não tem medo de avançar para a modernização e a transformação de Portugal face aos desafios globais que vivemos. Temos de desburocratizar, acelerar as decisões judiciais que emperram a economia e o desenvolvimento, dar previsibilidade fiscal.
Temos excelentes instituições, universidades, empresas e empresários, um povo trabalhador. Temos de ter um governo à altura de Portugal. Para isso, a única alternativa é o PSD, que conta com um Rio mais forte.
19 Março 2024
18 Março 2024
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