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Regresso às aulas presenciais

A responsabilidade de todos

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Regresso às aulas presenciais

Voz às Escolas

2020-05-18 às 06h00

Hortense Lopes dos Santos Hortense Lopes dos Santos

Com o regresso às aulas presenciais, estamos hoje a viver uma nova etapa nas nossas escolas secundárias, tal impondo que estejam reunidos todos os requisitos que permitem a sua concretização em condições de saúde e confiança para todos.
Desde 16 de março, os docentes do agrupamento, numa demonstração de grande profissionalismo, estão a dar uma resposta pronta, muito positiva e relevante em prol dos seus alunos à custa de um marcado esforço pessoal, realizado debaixo de condições inauditas e de grande stress.
De facto, foi com enorme rapidez e grande empenhamento que os professores puderam pôr em prática novas estratégias de ensino-aprendizagem criando ambientes de aprendizagem online que foram indispensáveis para manterem os alunos a aprender e em contacto com a escola.
É por estas razões que se considera que devem ser feitos todos os esforços que forem necessários para serem asseguradas as condições que irão permitir que todos (docentes, não docentes, alunos e suas famílias) se sintam confiantes neste regresso à escola.
Na conceção e elaboração do plano de regresso às aulas presenciais, que ocorre na escola sede do AE Carlos Amarante foi decidido que, no caminho que é necessário percorrer de maneira a permitir a retoma progressiva das atividades letivas com alunos, teriam que estar reunidas e asseguradas, para a concretização dessa medida, um conjunto de condições: disponibilidade de máscaras e gel desinfetantes dado que o seu uso é obrigatório, higienização regular dos espaços, lotação máxima reduzida, condições para a correta higienização das mãos, respeito pelas regras de etiqueta respiratória, distanciamento físico de 2 metros nos espaços fechados, nomeadamente nas salas de aula, sem prejuízo de uso obrigatório de máscaras no espaço escolar por toda a comunidade educativa.
Neste regresso, é necessário confiar na autonomia das escolas, nos seus órgãos de gestão pedagógica e administrativa, que têm demonstrado que são capazes de adequar as orientações do Ministério da Educação à realidade concreta de cada estabelecimento de ensino.
No momento atual, não existiam as condições necessárias para promover a participação de representantes de todos os diferentes membros da comunidade educativa na tomada de decisões, o que teria sido do nosso agrado. Temos consciência que uma franja bastante alargada da comunidade escolar, nomeadamente os alunos, os pais e encarregados de educação não participaram na reflexão que levou ao desenho do plano de regresso às aulas presenciais. No entanto, houve o cuidado de auscultar estruturas representantes de docentes e não docentes, bem assim, trocar opiniões e propostas de ação com as direções de outros estabelecimentos de ensino do concelho, num trabalho colaborativo e em rede.
A construção do necessário clima de confiança que promova o regresso à escola da comunidade educativa, sem medos e receios, passa por uma ampla divulgação das medidas adotadas que cumprem, na íntegra, as determinações das autoridades de saúde em conjugação e adequação à nossa realidade das medidas e orientações definidas pela tutela.
Foi para isso que trabalhamos e concebemos o plano de ação que visa a mitigação da possibilidade de contágio a fim de garantir a segurança da comunidade escolar,
em cumprimento das medidas excecionais de organização e funcionamento dos estabelecimentos de ensino emanadas pelo Ministério da Educação e das orientações das autoridades de saúde nacionais e locais, respetivamente da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Delegado Concelhio de Saúde (DCS), e tendo presente o plano de contingência para a Escola Secundária Carlos Amarante (ESCA), que já foi amplamente divulgado na comunidade escolar, estabelecem-se as orientações para a reorganização do funcionamento da escola secundária.
Confiantes que “tudo vai correr bem” neste recomeço deixo-vos a magnífica poesia de Miguel Torga.
Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Torga, M., Diário XIII.

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