As selecções regionais na festa do andebol 2025
Ideias
2016-07-12 às 06h00
Toda a separação é dolorosa, mesmo que seja necessária. E neste caso estamos a perceber que era necessário, mesmo quando estivemos em silêncio e cedemos para construir um projeto mais emocionante no imaterial do que no real. Porque neste tipo de projetos, os que carecem de generosidade e se juntam exclusivamente para condicionar os outros em prol da sua própria vontade e ao grande conceito que têm de si mesmos, e dos seus interesses nem sempre legítimos, não costuma trazer nada de bom para o projeto.
Ou seja, apesar de o lamentar pelos Ingleses, não serei eu quem derrame uma lágrima pela City sair da UE. E nem uma palavra mais dedicarei ao passado, que é o que é o brexit desde já. Interessa-me mais o futuro. A primeira consequência provavelmente será a decomposição territorial do Reino Unido, ao terem quebrado o vínculo que os unia à Escócia.
A alteração das regras do jogo funcionará como um volte-face para o Ulster e possivelmente para Gales. Mas outro elemento entrará em jogo: o posicionamento das grandes multinacionais, que usavam a Inglaterra como ponta de lança e para as quais está fora de questão permanecer num território extracomunitário. Para estas será mais económico mudar-se para uns centos de quilómetros para continuar na UE. Essa criação de emprego e riqueza também será um forte aliciante para se separarem da Inglaterra.
Mas tudo isso não nos deve impedir de ver o grande perigo que nos espreita. Que vem o lobo, advertiu-se nos anos 30. E ninguém quis escutar. E agora voltamos a repetir: “Que vem o lobo“; ainda estamos a tempo de travar os novos fascismos que emergem sem pudor em povos desmemoriados que sofreram na pele o nazismo. Ou que o combateram como os Estados Unidos.
Essa besta que se disfarça de comunismo na Coreia, de populismo na Venezuela, ou de democratas na Europa, onde - não o esquecemos- Hitler chegou ao poder ganhando umas eleições. Não podemos esquecer que estamos perante circunstâncias similares às que provocaram as guerras do século XX. E que um falso encerramento da primeira guerra que lutamos durante 7 anos, levaria a uma segunda muito mais sangrenta. Só a sociedade da internet e a União Europeia nos livraram de sermos lançados nas mãos de caudilhos que nos colocaram uns contra os outros para tapar a sua incapacidade de governar e de nos tirar da crise. Não faz assim tantos anos que ocorreu na antiga Jugoslávia, território europeu a menos de uma hora de Roma.
Mas essa União Europeia não pode continuar a construir-se como se tem feito nos últimos anos. Não pode continuar a ser a Europa dos burocratas e dos banqueiros. Não pode continuar a ser uma Europa distante dos cidadãos, incapaz de falar com uma só voz e de recordar a sua filosofia fundacional. Uma Europa de emigrantes e de exiliados que agora fecha as portas aos que se vêm empurrados pela guerra. Porque esses erros são utilizados demagogicamente por líderes populistas e protofascistas para manipular as massas mais crédulas e indocumentadas.
Toda a grande mentira se cimenta sobre a manipulação e desfiguração de uma verdade incómoda. Mas toda crise é também uma grande oportunidade. E desta temos de tirar uma transformação da UE; de uma Europa dos cidadãos e da liberdade. Uma terra multicultural de acolhimento e integração. Uma Europa onde os cidadãos elegemos o presidente da União Europeia por votação direta e universal. Com um serviço diplomático único (que evite o colossal desperdício que temos em embaixadas desnecessárias dentro e fora da UE), com um exército e polícia comum, e com um Parlamento mais reduzido e económico, mas com autênticas competências, ao serviço dos cidadãos. Assim sendo …bye bye England, welcome Europa. Refundemos Europa, Mais Europa
Xoan Mao, Secretario Geral do Eixo Atlântico
23 Junho 2025
23 Junho 2025
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