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Braga, segunda-feira

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Ratazanas nas sarjetas e mais casos insólitos

Investir na Juventude: o exemplo de Braga e desafios futuros

Ideias

2013-12-13 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

1. A afirmação é de uma residente em São Domingos de Benfica aquando de uma arruada levada a efeito por Seara, um “famoso comentador desportivo” que foi candidato à câmara de Lisboa (JN, 22.9.13).
E se é incontornável que tal queixa de falta de limpeza nas ruas foi feita a um político e ex-autarca que vinha acumulando as funções de “ponta de lança benfiquista” numa das TVs e vira até a sua vida pessoal despudoradamente vazada em público por certas ratazanas dos “media cor de rosa“, a grande verdade e inquestionável realidade é que não são só as ruas que carecem de uma profunda e aturada limpeza, mas também todo o país, e em múltiplas áreas, organismos, actividades, funções e entidades porquanto desde há muito as ratazanas deixaram as sarjetas e proliferam. Invadindo tudo “passeiam-se” cada vez mais ousadas e já vêm grassando na política, partidos, tribunais, polícias, comunicação social, futebol, etc., etc., aliás apresentando-se mesmo como uma verdadeira, incontornável e incontrolável praga.
Uma praga de ratazanas a que não se vê o modo de pôr cobro, como resulta inelutavelmente e até flui dos múltiplos governos e oposições com que temos sido mimoseados ao longo dos últimos anos já que têm o dom de se multiplicarem e de se substituírem sempre por outras de indefinidas cor, idade e tamanho.
Para já não se falar nos exemplos de vidas no concreto do dia a dia, vidas mascaradas e disfarçadas sob o celofane de “atavios” e “balbuceios” de honradez, seriedade, carácter e honestidade, mas a “cheirar” e até a “feder” a ratazana de sarjeta.


2. “Telefone vermelho de Mesquita Machado” era o título de uma curta local “atirada” para o canto superior da página 21 do JN de 1.11.13 e que rezava assim: “Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, já mandou tirar do gabinete ocupado por Mesquita Machado durante décadas o famoso ‘telefone vermelho’, linha direta para o antigo autarca que só um número reduzido de pessoas possuía o número”. Protestando que desconhecíamos a existência de tal aparelho, declaráramos para os devidos efeitos que nunca tivemos conhecimento do mesmo ou de qualquer outro (com essa ou outra côr) e nunca nos foi revelado, referenciado ou mesmo ciciado qualquer número.
O que juramos por todos os deuses, agora que se vão sabendo e descobrindo coisas, anulando e reformulando-se outras e eventualmente se tenha a ideia de uma caça às bruxas ou ... às muitas ‘ratazanas’ que rondavam a Praça do Município.
Alguns ‘figurões’, é óbvio, vão sentir o amargor duma orfandade mas tal será minorada com o rápido aparecimento de alguns ‘turcos’ e outros ‘jovens’(!?).


3. Evocando-se as eleições autárquicas, é de anotar-se que o “ Não quero ser político, eu trabalho” é (foi) o mote do criador do movimento independente que obteve o segundo lugar nas eleições” legislativas na República Checa, ou seja “o movimento popular de Andrej Babis, o ANO”, que é tão só “o segundo homem mais rico da República Checa com uma fortuna avaliada em cerca de 1,5 mil milhões de euros” e que se diz ‘antipolítico’ e «honesto» (JN, 28.10.13).
Não se comentando a sua filiação política, o seu percurso de estudante privilegiado nem o processo do seu “crescimento” milionário, dir-se-á apenas que fundou em 1991 “a Agrofert, o maior grupo comercial da República Checa cujos produtos vão desde a alimentação, fertilizantes e químicos”, e que “em Junho comprou o MAFRA, um dos maiores grupos de media do país e que possui o DNES, o jornal broadasheet mais vendido” (id).
Não se tirando ilações, dir-se-á tão só que nos fez sempre muita confusão o “acasalamento” de certos vocábulos como negócios, sucesso, milhões de euros, seriedade, honestidade, política, domínio dos media, etc., etc., sentindo-se dificuldades nas suas correctas e concretas apreensão e compreensão. Mormente num quadro de “coabitação”, “convivência” e ... até de “sobrevivência” devido a reflexivas e inultrapassáveis interacção e conexão, e suas sequelas .
Talvez o problema seja nosso, mas não esquecemos as ratazanas que se passeiam pelas sarjetas da vida, sendo que, quanto ao slogan utilizado, é uma incontornável e universal realidade a existência de um certo “contraditório”entre política e trabalho.


4. “GNR multa bombeiros por estacionamento”, como fluiu do título do JN de 22.9.13 que depois noticia que “o auto em causa reporta-se a uma infracção ao Código de estrada por uma viatura de transporte de pessoal daquela corporação (Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo) por estacionamento num local “onde o trânsito se faz nos dois sentidos, obrigando à utilização de parte da faixa de rodagem destinada ao trânsito em sentido contrário”, mais se escrevendo que “a infracção (,,,) registou-se pelas 00,02 de 14 de Setembro, na Estrada Municipal 528, em Nogueira, Viana do Castelo”. Quando se combatia um incêndio na zona, é imperioso acrescentar-se.
E se a notícia se apresenta inatacável porquanto a veracidade da ocorrência evola da própria leitura dum auto concreto que relata data, hora e local, compreendemos a perturbação e certa estupefacção reflectidas em certos media e na própria GNR, com o Comando da GNR de Viana a dizer de início que o auto “pode ser contestado para a autoridade competente”, mas já não “entendemos” que no dia seguinte se apresente o ocorrido como inexistente, com o porta-voz oficial da GNR a desmentir “que até ao momento tenha sido instaurado qualquer auto”(v.g. C.Minho).
Uma “não-notícia” de tipo “Photoshop” com que se intentou “colorir” e “compor” excessos de rigor e ausência de sensatez num momento crítico de um combate a um incêndio, mas o insólito da ocorrência é de todo incontornável.

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