Arthur Machado: um empreendedor de referência da comunidade luso-francesa
Escreve quem sabe
2011-11-26 às 06h00
Na última crónica, tecemos algumas considerações em relação ao Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa, realizado pelo Banco de Portugal entre Fevereiro e Março de 2010, através de duas mil entrevistas presenciais em todo o território nacional. Vimos hoje novamente dar continuidade à tarefa de revelar alguns dos resultados do mesmo, designadamente no que toca à inclusão financeira, gestão da conta bancária, planeamento de despesas e poupança, escolha de produtos financeiros ou ainda a compreensão financeira.
Considera-se que o acesso a uma conta bancária é o principal indicador de inclusão no sistema financeiro, na medida em que é um requisito essencial para o acesso a outros produtos e serviços bancários. Apenas 9% da população adulta não possui uma conta bancária. Portugal alinha neste parâmetro pelos dados disponíveis dos países mais desenvolvidos como a Nova Zelândia ou os Estados Unidos. A principal razão apresentada por aqueles que não possuem conta bancária prende-se com o facto de considerarem não possuir rendimentos que o justifiquem.
Outro aspecto questionado no inquérito prende-se com o tipo de gestão da conta bancária que é feito pelos portugueses, uma vez que sem um adequado controlo das despesas, não é possível uma eficiente execução do orçamento familiar, bem como pode dar azo a situações de descoberto em conta.
O inquérito revelou que 54% dos inquiridos se preocupam com o controlo da conta bancária mais que uma vez por semana, sendo que 7% dizem mesmo que fazem o acompanhamento diariamente. Já 89% afirma que procede à leitura do extracto bancário quando o recebem do Banco. A maior parte dos inquiridos revelou uma elevada capacidade na interpretação do extracto bancário.
Uma questão interessante é saber a razão que leva os portugueses a optarem por este Banco em detrimento daquele. O inquérito revelou que 35% dos portugueses escolheram o Banco na sequência de recomendações de familiares e amigos; já 23% consideraram que o aspecto determinante foi a proximidade do balcão da sua residência ou do emprego.
Apenas 9% escolheram o Banco em função de aspectos como a remuneração do capital ou os custos associados à utilização dos serviços bancários. Como se sabe, todos os Bancos têm vindo a desenvolver conceitos de homebanking (disponibilizar os serviços do Banco por via electrónica, por exemplo através da Internet ou do telemóvel), contudo apenas 24% dos inquiridos afirmaram utilizar este tipo de serviços, sendo maioritariamente utilizadores com um maior grau de habilitações e na franja dos 25 aos 39 anos de idade.
Quanto à utilização electrónica, a maio-ria prefere os serviços disponibilizados pelo Multibanco, com um total de 44% dos inquiridos a afirmarem que utilizam o car-tão Multibanco regularmente, percentagem que sobe para os 68% no caso de licenciados. É igualmente de 44% a percentagem dos inquiridos que autorizam o pagamento de contas através de débito bancário.
Refira-se a terminar que as opiniões dividem-se muito em relação aos hábitos de poupança, com 48% dos entrevistados a afirmarem que não fazem poupanças (dos quais 88% apontam como principal razão para tal o não disporem de rendimentos suficientes). Dos que poupam, 56% admitem fazê-lo com regularidade, já os restantes aproveitam sobretudo certos momentos, como por exemplo a altura do ano em que recebem o subsídio de Natal ou de férias em que o rendimento do agregado familiar é engrossado.
Quanto à utilização do cartão de crédito, apenas 32% dos entrevistados afirmaram possuir e utilizar sendo que destes, apenas 26% referiram que sabiam exactamente a taxa de juro associada ao cartão (45% afirmaram saber por “alto”) e 29% reconheceram não saber. Já 52% paga a totalidade do crédito utilizado no final do mês e dos que efectuam o pagamento parcial, uma parte significativa não sabe com exactidão o valor dos encargos que tal decisão acarreta.
15 Junho 2025
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