Correio do Minho

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Publicidade - a verdade da mentira

É muito Espinho

Escreve quem sabe

2015-05-30 às 06h00

Fernando Viana Fernando Viana

Diz-se que a publicidade remonta às civilizações grega e egípcia. Porém, verdadeiramente foi com a Revolução Industrial e com a vulgarização da imprensa, o primeiro grande suporte publicitário (os outros foram cronologicamente a rádio, a televisão, a Internet e as redes sociais mais recentemente) que a publicidade se desenvolveu até ser o que hoje é: uma atividade que movimenta milhares de milhões, que dá emprego a milhões de pessoas e que é fundamental para promover a venda de bens e de serviços em todos os setores. Amada por uns, odiada por outros, ela tornou-se uma variável económica a ter em linha de conta, sendo indispensável ao funcionamento das modernas economias. Ainda em fevereiro deste ano, quando se realizou a final da Super Bowl (campeonato de futebol americano), os anunciantes suportaram custos na ordem dos cinco milhões de dólares para passar um spot na televisão com a duração de 30 segundos.
A publicidade é feita para vender. Mas não a qualquer preço. Ao longo destes anos foram feitos anúncios pouco edificantes. Num anúncio a uma marca de uísque, em que se mostrava um copo com aquela bebida e uns cubos de gelo, era possível perceber nos cubos uma caveira. O objetivo era captar a atenção de alcoólicos para aquela marca, na medida em que este público está especialmente sugestionado com a idéia da morte, procurando muitos mesmo o suicídio e a caveira dissimulada nas pedras de gelo identificava a bebida com a idéia da morte e do suicídio que muitos alcoólicos procuram. Também nos Estados Unidos, uma conhecida marca de pão de forma garantia que aquele pão emagrecia. Na verdade, aquele pão era exatamente igual ao pão das demais marcas. A única diferença residia nas fatias, uns milimetros mais finas que a concorrência. A publicidade subliminar é hoje especialmente proibida. Numa experiência, realizada durante a passagem de um filme, entre os fotogramas do filme era passada a mensagem “beba X”, sendo X uma conhecida marca de cola. Durante o intervalo do filme, gerou-se uma verdadeira corrida àquele refrigerante. Provou-se assim, que o subconsciente das pessoas captava a mensagem e era sugestionado para a mesma, mas o consciente não. Daí a necessidade de criar regras que regulassem esta atividade baseadas em princípios como a identificabilidade, a licitude, a veracidade e o respeito pelos direitos do consumidor.
A defesa destes princípios tem implicado grandes restrições à atividade publicitária, com as restrições que se conhecem em termos de bebidas alcoólocas, a jogos de fortuna e azar, dirigidas a menores ou mesmo com a proibição total da publicidade ao tabaco.
É evidente que o bombardeamento de mensagens publicitárias, nomeadamente na televisão, nos chamados horários nobres, obrigando-nos a ficar presos durante mais tempo do que o necessário para assistir a um programa, não é agradável, mas não deixa de ser um mal necessário. Por outro lado, podemos muitas vezes concordar que certos anúncios são verdadeiras obras de arte, seja na forma como a mensagem é passada, seja no humor que por vezes contém, chegando ao ponto de se fazerem programas na televisão sobre...anúncios publicitários. Finalmente, nas modernas sociedades democráticas, a publicidade é um dos principais, senão o principal garante de financiamento dos mass media, pelo que uma imprensa, televisão e rádios verdadeiramente livres não passam sem ela.
Caso pretenda saber mais sobre este assunto, contacte o CIAB: em Braga: na R. D. Afonso Henriques, n.º 1 (Ed. da Junta de Freguesia da Sé) 4700-030 BRAGA * telefone: 253 617 604 * fax: 253 617 605 * correio eletrónico: geral@ciab.pt ou em Viana do Castelo: Av. Rocha Páris, n.º 103 (Villa Rosa) 4900-394 VIANA DO CASTELO * telefone 258 809 335 * fax 258 809 389 * correio eletrónico: ciab.viana@cm-viana-castelo.pt , ou ainda diretamente numa das Câmaras Municipais da sua área de abrangência ou em www.ciab-race.pt.

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