Mais e melhor Futsal VII
Ideias
2025-05-21 às 06h00
Já houve tempos em que se governou do norte contra o sul, no sentido de que o mapa abaixo do Tejo se pintava de cor diferente, clivagem herdeira de hipotética partição de país tão resumido pelo paralelo de Rio Maior. Corria então o Verão Quente. Depois o PS conquistou o sul. O capítulo seguinte é agora, perdida a vastidão alentejana para o Chega, porque o paraíso algarvio já era feudo do conde venturoso, também dito “o afrontado”.
Circunstâncias em que tanto se perde como se ganha, dirão os esperançosos, falem da banda do PS, falem da banda do PSD, porque entre laranjas prevaleça a ilusão de maioria muito maior, condição em que obreiro radiante, de escopro e martelo em punho, remodele a Nação.
Esvai-se o PS, e por arrasto compromete o País, por todos os erros que cometeu com a ascensão de Sócrates, com o humílimo mea culpa que não pronunciou por palavra, nem realizou em acto, e com o fantasioso consulado de Costa e confrades, porque digamo-lo: Costa bateu a porta esgotado e descrente, pretexto airoso lhe sendo o parágrafo da Procuradora, ou pior não se ouvisse anos a fio a Henrique Neto, ao que os acomodados fizeram solidário ouvido mouco.
O PS faliu com Sócrates. Não digerindo o sapo da falência, o PS diabolizou a governação entubada de Passos Coelho, porque a vaca fosse gorda, na fantasia socialista, e só por mal- dade o inábil do osteopata do Passos lhe contasse os ossos. Foi a época da vaca voadora. Não voa a vaca, como sabemos, como de penúrias não é viável que se façam luxos, mas o PS, em nome do povo português, promete luxos por geração espontânea.
Crédulo e feliz povo, que de peito aberto e lágrima revolucionária no olho acolhe em delírios a Geringonça. Luxos de Costa que secam na boca, no que respeita ao cidadão anónimo, embora ganhem cama em linha de livrecos, na estante do amigo que importa no gabinete ao lado.
Costa, o ilusionista, estará limpo, mas não está safo, e não quer dar-se à maçada. Entra em queda salvífica e vai para fora, onde tranquilamente ganhará a vida como figurante. Sai Costa e irrompe Montenegro por unha negra. Nuno Santos, impedido de malhar à PS, porque nova geringonça não se faça, dá um tempo, e vêm à baila os pecadilhos do Primeiro-Ministro do favor, mais as casas em que nem tudo terá sido feito com rigor. Caia o homem da spinum vita!
Talvez tudo viesse a contento de Santos, não fora uma parcela dos eleitores estar pelos cabelos. Paga Santos pela sua inabilidade, e pelo que remonta a Costa e a Sócrates, é que o povo é o mesmo, e a vida não tem andado para melhor.
Não se acomodou Montenegro com Ventura da primeira vez, porque o espalha-brasas do Chega fosse mais insultuoso do que deva sê-lo quem se propõe a uma aliança, e porque o espalha-brasas do PS bateu para que a fresta não se abrisse. Não se acomodaram antes, não é de crer que o façam agora, tão em cima do venenoso cartaz que o Chega pôs a circular.
E assim, o que é que se prepara? Que Ventura entre em moderação, em apaziguamento, tendo em vista uma parceria à direita a médio prazo? Baterá o Chega na mesma tecla, impondo ao PS uma oposição responsável, ao estilo de Rui Rio? Certo, mesmo, é que Montenegro continua sob a ameaça de uma conjugação de contrários, que em prejuízo próprio laborem, se muito se fizerem mostrados em disputas de palavra fácil e incompetência pronta.
O PS, com queda para o desgoverno, perdeu o Poder e falhou a primeira revanche. Montenegro provou ter estômago, e é mais confortável dar cartas do que andar à cata da sorte. Aguentando-se, cresce. E cresce, ainda, moderando-se o Chega, com fomes de tacho.
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