Aprender para ensinar a adaptar
Voz às Bibliotecas
2021-03-25 às 06h00
Em novembro de 2018 escrevi, para esta rubrica, uma crónica de homenagem àquela a quem todos os profissionais das bibliotecas se habituaram a chamar de “Mãe” das Bibliotecas Publicas portuguesas, a Dra. Maria José Moura, que acabava de partir e de deixar um enorme vazio no seio da comunidade bibliotecária portuguesa. Para a crónica de hoje senti necessidade de voltar a esse texto e recordar o tributo que lhe prestei naquela ocasião, uma vez que pretendo aproveitar a crónica de hoje para partilhar a recente decisão da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas em criar e dinamizar o Prémio Maria José Moura – Boas Práticas em Bibliotecas Públicas Municipais. Em boa hora a DGLAB decidiu consagrar-lhe, agora, por uma toda uma vida e carreira dedicada às bibliotecas, o prémio nacional que já havia sido instituído no ano de 2014. Conforme consta do texto do Regulamento, esta distinção visa premiar anualmente serviços ou projetos inovadores e de grande impacto na comunidade, desenvolvidos pelas bibliotecas públicas municipais portuguesas. Os serviços ou projetos devem ter um carácter inovador e criativo quanto à forma como contribuem para uma melhor e mais eficiente gestão dos recursos disponíveis em função de um objetivo, assim como na forma de ultrapassar as atividades regulares normalmente disponibilizadas pelas bibliotecas. Da mesma forma, está tácito naquele documento que os dois grandes objetivos do prémio são: reconhecer e valorizar publicamente o papel social das bibliotecas públicas, promovendo a divulgação, partilha e difusão das boas práticas, e homenagear Maria José Moura, pelo papel determinante que desempenhou na constituição da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Genericamente, os parâmetros a avaliar nas candidaturas ao prémio são: os objetivos do projeto, o público-alvo a que se destina, a criatividade e inovação, a transversalidade e abrangência, a avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos resultados, o impacto do projeto na biblioteca/comunidade, o potencial para aumentar a visibilidade das bibliotecas públicas, o potencial de replicação, o impacto nos colaboradores e a prestação de resposta ao questionário anual da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. O prémio, no valor de 4. 500,00 €, destina-se a apoiar, em modalidade a estabelecer entre a DGLAB e os responsáveis pela apresentação da candidatura vencedora, a aquisição e o desenvolvimento de recursos e serviços que contribuam para a qualidade do serviço de biblioteca pública. No anúncio de abertura das candidaturas ao prémio estipula-se como data de fim de submissão de propostas o dia 3 de maio. Em jeito de remate desta crónica replico aqui as sábias palavras de Maria José Moura, numa intervenção que fez no V Encontro de Serviços de Apoio às Bibliotecas Escolares de Famalicão, subordinado ao tema “Bibliotecas Públicas e Bibliotecas Escolares: Um SABE(R) em construção”, no ano de 2012: “… uma sociedade que não cuida das suas bibliotecas é uma democracia sem-abrigo.”
15 Abril 2021
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