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Patologia respiratória no idoso

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Patologia respiratória no idoso

Voz à Saúde

2018-12-15 às 06h00

João Cunha João Cunha

A população mundial está a envelhecer. Na maioria dos países, a percentagem do número de pessoas idosas está a aumentar rapidamente, a par com uma diminuição no número de recém-nascidos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de crianças continuará a descer até ao final do século. Estima-se que, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos triplique de 400 milhões para mais de 2.000 milhões. Apesar deste aumento refletir uma melhoria nas condições de vida e das políticas de saúde na maioria dos países desenvolvidos, representa também um desafio para a sociedade atual, que terá de se adaptar de modo a maximizar a capacidade funcional e a saúde dos mais velhos, assim como a sua participação e integração social.

Em Portugal, a realidade não é diferente. Muitas vezes referido como um dos países mais envelhecidos da União Europeia, 20% da população portuguesa tem mais de 65 anos, de acordo com dados divulgados pela Pordata. É cada vez mais impor-tante a promoção de um envelhecimento ativo de forma a melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas idosas. A OMS define envelhecimento ativo, como um processo de otimização para melhorar a saúde, participação e segurança a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas que envelhecem.
Todos nós temos noção da elevada prevalência de doenças respiratórias crónicas no idoso (Bronquite crónica, Enfisema, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, entre outras) que coexistem muitas vezes com patologias diversas de outros órgãos e que obrigam a polimedicação (administração de vários medicamentos).

Com o tempo frio e húmido chegam as complicações respiratórias, algumas ditas comuns, resfriados, mas que no idoso podem ser suficientes para conduzir a descompensação respiratória, cardíaca, metabólica (diabetes), renal e de locomoção. Mas são a gripe (e suas complicações) e a pneumonia as responsáveis pela elevada necessidade de internamentos e risco de morte associado.
A prevenção das exacerbações destas patologias crónicas e doenças respiratórias agudas englobam medidas gerais para o envelhecimento ativo, nomeadamente: não fumar; dormir bem; ter uma alimentação equilibrada com redução do consumo de sal e açúcares; manter uma boa hidratação bebendo líquidos não alcoólicos e com pouco açúcar. É de extrema importância o exercício físico diário (de acordo com as capacidades mas de estímulo crescente capacitadores da autonomia e independência da pessoa idosa), por exemplo, caminhar e fazer exercícios de respiração - inspirar profundamente e elevar os braços, de seguida e lentamente expirar baixando os braços. Nos casos em que o idoso tem grau de dependência o cuidador tem um papel importante na mobilização e exercitação. São também importantes os exercícios de estimulação das funções cognitivas, como é o caso da leitura, palavras cruzadas, charadas matemáticas, sudoko, etc.

Neste tempo de viroses respiratórias é aconselhável evitar espaços fechados com muitas pessoas, onde o risco de contágio viral é maior. O vestuário deve ser adequado às condições atmosféricas e, sempre que possível, evitar a exposição ao frio e à humidade. A vacinação contra a gripe e pneumonia é fundamental.
Se tiver sintomas gripais com febre, dores musculares, aumento de tosse, dificuldades respiratórias, sede, edemas (inchaço) nas pernas, urinar pouco e caso tenha patologias crónicas ou faz tratamentos de doença oncológica, deve consultar o seu médico, podendo previamente ligar gratuitamente para o SNS24: 808242424, a fim de se aconselhar do melhor caminho.
Lembre-se: proteja-se do frio, agasalhe-se, hidrate-se, faça exercício, vacine-se e diga não ao tabagismo!

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