As emoções no outono
Ideias
2020-03-14 às 06h00
Tem sido uma preocupação enorme, com muito ruído e alguma desinformação, o que tem assolado os países, com a questão do “Coronavirus – COVID-19”, desfocando este perigo. O medo e a confusão assolaram o mundo. A Europa está assustadíssima! A Itália registou já, mais de doze mil infectados e perto de um milhar de mortes. A OMS declarou como pandemia o “Coronavirus – Covid-19”. E a Economia Mundial faz contas do “deve e haver” com prejuízos enormes e incalculáveis para todos. A cotação do crude nos mercados caiu abruptamente, mas não se sentiu essa repercussão nos bolsos dos Portugueses.
Em Portugal, foi-se criando um “espectáculo circense “, que começou com conferências de imprensa, com a comunicação social ávida de anunciar o primeiro teste positivo de algum cidadão infectado com “Covid-19”. Os casos foram evoluindo. Claramente os Hospitais, Centros de Saúde, Unidades e Serviços não estavam preparados para esta solicitação e resposta aos casos que estão a surgir e a expandir-se mais no Norte de Portugal.
Fomos assistindo a múltiplas declarações de responsáveis do Ministério da Saúde – Ministra da Saúde e Directora-Geral da Saúde – alguns “afastados e aposentados” com necessidade de se fazerem ouvir, até pelos altos cargos que já desempenharam, como o Ex-Ministro da Saúde, Prof. Dr. Adalberto Campos Fernandes e o Ex-Director-Geral da Saúde Dr. Francisco George. Por fim, vem o Sr. Primeiro-Ministro dizer e assumir a coordenação directa da resposta do Governo ao problema do “coronavírus”.
Assistimos também ao desencontro de declarações entre a Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido e a Srª. Directora-Geral da Saúde, Drª. Graça Freitas, onde a primeira desautoriza a segunda! A Srª Ministra da Saúde nem sabe o número de contacto SNS 24 e afirma que é o 24 808 808!!! E estamos nisto!
Ainda que se pudesse fazer uma apreciação da desastrosa gestão política e da oportunidade que o “coronavírus” está a proporcionar ao Governo, para fazer esquecer e desviar atenções, o momento exige serenidade, foco na acção, pragmatismo e reconhecimento pelo trabalho responsável dos Profissionais de Saúde, porque inevitavelmente, são eles que vão tratar e estar junto dos doentes, particularmente os Enfermeiros.
Esta pandemia – infecção pelo “Coronavírus - COVID-19” – tem contornos que abarcam várias dimensões. São elas:
• Dimensão médica/clínica; Dimensão Política; Dimensão Económica; Dimensão Social.
Numa outra vertente, interessa com serenidade, perguntar e saber:
• Plano Nacional de Contingência está realisticamente definido?
• Material e equipamento de protecção para os Profissionais de Saúde, existe e está assegurado, para no caso de acontecer uma dimensão maior desta infecção pandémica?
• Há Enfermeiros suficientes nos diversos serviços, para assegurar o cuidar e tratar dos doentes infectados?
• Estão asseguradas camas e isolamentos (reais) nos Hospitais para dar resposta às necessidades? E camas de segunda linha?
Perante esta realidade pandémica e caso de Saúde Pública, a serenidade, a boa e fidedigna informação e a necessidade de, só uma autoridade falar, neste caso a Direcção-Geral da Saúde/Saúde Pública, são importantes, quer para a prevenção, quer para a limitação de infectados, e circunscrever o território a novas infecções e contágios. É nestes momentos, perante epidemias ou pandemias que se pode avaliar a coragem dos Governos. As questões têm que ser avaliadas, com certeza que sim, mas não pode haver medo de tomar medidas drásticas, em favor da Saúde Pública.
Aguardemos com serenidade mas firmeza a evolução da epidemia COVID-19. Mas nunca facilitemos nas medidas de prevenção, nomeadamente, lavar as mãos!
Não adianta reforçar-se o ensino nas escolas e salas de aulas, colocar avisos nos restaurantes e WC’s públicos para a lavagem das mãos e depois, nas instalações sanitárias, não haver nem sabão, nem gel, nem outro tipo de líquido para lavagem e desinfecção das mãos.
07 Outubro 2024
07 Outubro 2024
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