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Obesidade

A escola pública morreu e ninguém foi ao funeral

Escreve quem sabe

2010-10-05 às 06h00

Ana Ni Ribeiro Ana Ni Ribeiro

A alimentação é um dos factores ambientais que mais interfere na qualidade e na duração da vida humana. Na sociedade moderna, onde existe uma sobre-abundância alimentar, assistimos a um típico contra-senso do crescimento de doenças associadas à nutrição, como obesidade e anorexia.

A obesidade, que se caracteriza por uma acumulação excessiva de massa gorda, é uma doença crónica que muito me preocupa e a qual tento combater no meu trabalho diário.
A obesidade tem vindo a aumentar no mundo e o nosso país acompanha essa cavalgada, e os números são já bastante assustadores. A composição genética do Homem foi seleccionada por processos evolucionários para sobreviver a longos períodos de fome.

Actualmente, a maior disponibilidade de alimentos calóricos e a menor necessidade de actividade física para obter esses alimentos contraria esta vantagem da selecção genética, prejudicando a nossa saúde. Vivemos no “futuro” mas ainda estamos preparados para o passado.

A obesidade é uma doença que acelera o desenvolvimento de muitas doenças e que pode causar morte precoce. Quanto mais severo for o grau de excesso de peso ou obesidade, maior será o risco de complicações para a saúde e da existência de comorbilidades. As mais comuns são as do foro cardiovascular, respiratório, alterações neurológicas, gastrointestinais, hepáticas, e imunológicas. As consequências psicossociais e psicológicas são também significativas e estão relacionadas com descriminação social, auto-imagem negativa, tendências suicidas, e problemas comportamentais e de aprendizagem.

Ser uma doença Crónica significa: O tratamento não cura a doença; Suspendendo o tratamento, a doença volta a manifestar-se. Além disso a obesidade não responde facilmente ao tratamento, pelo que a sua prevenção se torna fulcral. Assim, como estratégias preventivas de intervenção: deve ser feita um encorajamento aos hábitos alimentares saudáveis e uma manutenção da actividade física.

É fundamental gerir o excesso de peso para que este não se chegue a transformar em doen-ça. Ou seja, quando se tem 5 kg a mais, deve-se começar a ter algum cuidado para evitar que estes venham um dia a fazer parte de 50 kg.
Para ter um peso e uma vida mais saudáveis, não são necessários sacrifícios.

Basta seguir pequenas rotinas diárias.
1. Comece o dia com o pequeno-almoço: pão ou cereais pouco refinados, leite, iogurte ou queijo magros e uma peça de fruta.
2. Coma de 3 em 3 horas.
3. Inicie o almoço e o jantar com um bom prato de sopa de legumes (de base fina). Coma legumes ou salada a acompanhar o prato, e peça para temperar no seu prato. Não utilize mais do que uma colher de chá de azeite para o fazer.
4. Evite os fritos, molhos, e alimentos ricos em gordura e açúcar...
5. Faça um lanche a meio da tarde, se almoça cedo e janta tarde.
6. Evite refrigerantes e bebidas açucaradas. Se beber vinho faça-o com moderação. Faça da água a sua bebida de eleição.
7. Coma, pelo menos duas pe-ças de fruta por dia, mas não exagere porque a fruta em excesso também engorda.
8. Se se deita tarde, faça uma pequena ceia antes de ir para a cama - um copo de leite e três bolachas Maria, ou um iogurte, por exemplo.
9. Mexa-se o mais que puder durante o dia, andando a pé, descendo e subindo escadas ou fazendo qualquer actividade física.
10. Reduza o consumo de sal: para temperar use alho e ervas aromáticas.

Sendo a obesidade uma doença que mata a ordem é emagrecer. Sem receitas milagrosas, é preciso aliar o prazer de uma alimentação saudável à prática de exercício físico. Com calma, sem ansiedade - que muitas vezes desencadeia compulsão alimentar - é necessário descobrir outros prazeres na sua vida.

Com a ajuda dum nutricionista é possível seguir um plano alimentar individualizado fácil e agradável. Lembre-se, que cada caso é um caso, e o plano alimentar que está a emagrecer a sua amiga, irmã, vizinho... pode engordá-lo a si.
Parece-lhe difícil? Experimente e diga-nos qualquer coisa...

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