Ensinar e Aprender História com Alma
Escreve quem sabe
2021-09-23 às 06h00
Olhamos para o envelhecimento com algum receio. Por questões culturais, fomos “formata- dos” a associar o ser velho à fase menos desejada da vida. Nós próprios criamos esta conotação negativa e tornamo-nos reféns desta visão. Talvez seja sensato refletirmos verdadei- ramente no envelhecimento. Quando dizemos “estou a ficar velho”, o que lhe surge no pensamento?
Doença?
Sintomas físicos?
Esta é a associação imediata que é feita, porque é já uma ideia enraizada e crescemos com ela sempre muito presente. Inventamos métodos para disfarçar o envelhecimento, sujeitamo-nos a intervenções cirúrgicas para parecermos mais novos e, sem darmos conta, afetamos o nosso processo natural de envelhecer. Igualmente grave são as repercussões psicológicas às quais, em alguns casos, esta rejeição de aceitar a velhice pode levar.
Da minha experiência enquanto Gerontóloga, e sendo o meu público-alvo a população mais velha, quem contorna esta ideia preconcebida de que envelhecer é mau e tem a capacidade de envelhecer de forma individual e singular, sem a influência das definições estereotipadas do envelhecimento, envelhece mais feliz!
Na verdade, hoje estamos mais velhos do que ontem e o modo como decidimos viver vai ditar o modo como vamos efetivamente envelhecer, a maneira como o nosso corpo vai responder à forma como o tratamos ao longo dos anos. Se cultivarmos boas relações, decerto teremos um maior apoio, uma rede relacional mais alargada e, consequentemente, um risco mais reduzido de isolamento social – uma problemática muito incidente na população mais velha.
Se, desde novos, respeitarmos o nosso corpo, alimentando-o de forma saudável, então aumentamos a probabili- dade de passarmos ao lado de doenças como hipertensão, diabetes, entre outras.
Se cuidarmos bem dos nossos pensamentos, emoções e sentimentos, abrimos caminho para uma mente mais sã. E quando chegamos ao dito envelhecimento, estou certa de que a nossa capacidade para responder aos desafios impostos pelos longos anos que o nosso corpo e mente estão a “trabalhar”, será mais positiva.
Existem várias designações ao que se considera ser o caminho certo para esta fase de vida: envelhecimento saudável, bem-sucedido, ativo.
Mas, a verdade é que só teremos o privilégio de envelhecer bem se cuidarmos do nosso envelhecimento hoje!
Não poderia deixar de referir que, se todos nós, enquanto sociedade, mudarmos a nossa forma de olhar para o envelhecimento, estamos a contribuir para a mudança positiva no nosso próprio envelhecimento. Sejamos conscientes do caminho que queremos no futuro através da consciência do presente.
20 Abril 2025
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