Mulheres Portuguesas no Quebeque – Caminhos de Liberdade
Ideias
2024-12-30 às 06h00
As minhas crónicas anteriores revelaram quase sempre um registo bastante crítico e até pessimista. Ao encerrar o ano de 2024, vou apresentar uma mensagem mais positiva e de esperança.
O gráfico seguinte foi retirado da bem-conhecida revista The Economist, que apresenta um conjunto de informação sobre os países mais ricos do mundo. Este, em particular, apresenta a evolução dos países mais atrativos para licenciados. Citando a revista, "de acordo com as nossas estimativas, entre 2010-12 e 2021-23, a percentagem de licenciados do mundo que gostariam de mudar-se para Portugal triplicou – o maior aumento de qualquer país no índice footloose. Os nossos cálculos mostram que em 2010-2012, se todas as barreiras à mobilidade tivessem sido eliminadas, a população licenciada em Portugal teria aumentado apenas 1%. Mas os dados do inquérito de 2021-23 mostram que aumentaria 120%, um ganho de 1,8 milhões." Por se tratar de atrair mão de obra qualificada, o que sinaliza a correspondente procura, esta evolução só pode ser interpretada como muito positiva e promissora.
Este resultado é também muito expressivo tendo por base as discussões sobre violência, criminalidade e as correspondentes perceções que têm dominado a agenda mediática da nossa política.
É um facto incontestável que Portugal regista níveis baixos de criminalidade em comparação com quase todos os países do mundo. É também facto que se registou um aumento notório, o que ainda assim não alterou minimamente a realidade de sermos um dos países mais seguros.
As perceções – isto é, interpretações subjetivas que os indivíduos ou grupos têm sobre acontecimentos, ações ou discursos políticos – têm uma relevância muito grande na política. Estas são influenciadas por diversos fatores como a identidade cultural, história, meios de comunicação e redes sociais, moldando a forma como as pessoas entendem e reagem à realidade política.
O gráfico apresentado acima baseia-se em inquéritos a cidadãos dos vários países, portanto em perceções. Em última análise, estas determinam muitas das escolhas individuais e coletivas, incluindo as eleitorais e, por consequência, a seleção dos governantes.
Mas as políticas públicas e as decisões dos governantes devem basear-se em informação o mais concreta possível, portanto em factos. Só com dados, de preferência quantificados, é possível estimar o efeito previsível das decisões ou avaliar o impacto real das políticas implementadas.
É fundamental que em 2025 os decisores políticos se concentrem em políticas que tirem partido do interesse internacional por Portugal numa verdadeira mais-valia para o desenvolvimento do país, aproveitando este momento único para implementar reformas que melhorem a produtividade e a qualidade de vida de todos os portugueses.
Desejo a todos um feliz ano de 2025!
19 Julho 2025
19 Julho 2025
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