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Ensino
2023-01-04 às 06h00
A proposta de reflexão de hoje prende-se com uma mudança de conceito. Ao contrário do que estávamos habituados, houve uma mudança de orientação (orientation shift) e, segundo os dados atuais, agora é no norte do país que se fala melhor Inglês. E esta hein? (https://eco.sapo.pt/2022/12/07/leiria-braga-e-viseu-sao-os-distritos-onde-melhor-se-fala-ingles/).
Pois, muito se pode alegar sobre esta mudança, um pouco motivado pelo Covid-19, que gerou a movimentação das pessoas para fora dos grandes centros e, verdade seja dita, em alguns casos, referimo-nos ao regresso às origens. Tudo isto pode ter contribuído para este novo reposicionamento no quadro geral das cidades onde melhor se fala Inglês como língua não materna. Podemos até já esquecer o Inglês “brega”, que se praticava no Algarve (All-Garve, para uns), e o Inglês das ilhas. Agora mudámos as “agulhas” para Leiria, Braga e Viseu, como os distritos em Portugal onde se fala melhor Inglês como segunda língua. Segundo o relatório, esta mudança não se reflete apenas nos mais jovens. Esta mudança derrubou do pódio os grandes centros urbanos como Porto e Lisboa que passaram, respetivamente, para quarto e sexto lugares. Há, claramente, uma mudança dos tempos e temos que nos reposicionar perante os factos e conforme imagem abaixo.
No caso de considerarmos apenas as cidades, podemos dizer que Braga lidera o posicionamento (ranking), logo seguido por Coimbra. Estes valores foram apurados em mais de 2,1 milhões de pessoas não nativas da língua inglesa, mas que a falam. Há mesmo quem considere que esta mudança de posicionamento reflete o impacto da pandemia com as mudanças geográficas das zonas de residência de muitas pessoas (do qual sou um exemplo). Assim, em concreto, o nível de competência na cidade de Braga está nos 640 pontos, ao lado das melhores cidades do mundo, como Amesterdão (673 ponto), nos Países Baixos, e Copenhaga (664 pontos), na Dinamarca. Coimbra tem 631 pontos, o Porto regista 630 e Aveiro e Lisboa (em ex aequo) 622 pontos, no quinto lugar das cidades portuguesas.
Em termos gerais, Portugal desceu duas posições, no que se prende com o seu posicionamento mundial, com uma redução de 11 pontos no índex, quanto às competências no domínio da língua inglesa, passando a ocupar o nono lugar. Portugal foi ultrapassado pela Finlândia (passou para o oitavo lugar) e pela Suécia (passou para o sétimo). Apesar deste “reposicionamento”, Portugal ainda mantém elevados níveis (high proficiency status), no que se prende com o domínio da língua inglesa. Em geral, a liderança está a cargo dos Países Baixos, da Áustria e da Noruega, na primeira, segunda e terceiras posições, respetivamente. Por sua vez, e em sentido oposto, vamos encontrar o Laos, a República Democrática do Congo e o Iémen, na base do posicionamento, no 111º, 110º e 109º lugares, respetivamente. Entretanto, países como a Turquia, a Ucrânia, a Espanha, a Grécia e a Itália pertencem ao grupo de países com mais melhorias no que se prende com o domínio da língua inglesa, no último ano.
Como já foi referido, não podemos afirmar que são apenas os mais novos que influenciam este novo posicionamento, pois também há um novo reposicionamento para a faixa dos 50 anos (os 50 agora são os 30 no antigamente). Por essa razão, os dados revelam que o nível de domínio da língua inglesa também melhorou entre os adultos, acima dos 25 anos. Em rigor, o grupo de pessoas acima dos 40 anos foi quem mais melhorou o seu nível de domínio de proficiency em Inglês. Por sua vez, o nível na população entre os 21 e os 25 anos mantém-se inalterado (pois é). E há mesmo uma redução de 50 pontos para a população entre os 20 e os 18 anos. Por sua vez, se considerarmos o posicionamento em termos de género, os homens conseguiram deter melhor posicionamento que as mulheres. Mas isso não menospreza as senhoras, porque as portuguesas conseguiram um elevado nível, com 606 pontos, muito acima da média que ronda os 511 pontos. Estamos todos de parabéns.
29 Março 2023
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