Correio do Minho

Braga, sexta-feira

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O mistério do Natal

A necessidade de reviver as memórias da Guerra Colonial Portuguesa

Escreve quem sabe

2014-12-27 às 06h00

Fernando Viana Fernando Viana

Vivemos um período único do ano. O Natal é sempre uma oportunidade de renascimento, de recomeço e por isso mesmo de esperança.

Nesta altura do ano, de um modo geral, acreditamos de novo, ingenuamente talvez, que é possível melhorar este mundo louco em que vivemos. Crentes e não crentes, vivemos este período de forma diferente do resto do ano, embora alguns finjam e digam que não, que não sentem qualquer diferença. Desejamos todos, embora de forma mais ou menos intensa, que homens e mulheres se aproximem e se tornem mais unidos e melhores e que o Ano Novo que se avizinha permita concretizar sonhos e objetivos ou, para os menos otimistas, pelo menos que não seja pior.

Enfim, todos partilhamos nesta quadra, de um maior sentimento de humanidade e de partilha e isso, só por si, já justificaria o Natal. Ainda que para muitos também, este seja apenas um período de mais consumo, onde se gasta mais dinheiro e se consomem recursos, às vezes de forma desiquilibrada e pouco racional. Mas, lembremo-nos que a festa dura pouco (embora o poeta diga que Natal é sempre que um homem quiser) e um pouco de emoção e sentimento também não fazem mal nenhum, antes pelo contrário.

Outros, a quem os azares da vida bateram à porta, também poem em causa a alegria da época, por que este período também é propício à amplificação do sentimento de dor ou perda que sentem, pois é justamente agora que a ferida que trazem no coração ou na alma volta a latejar, para dar nota que o trauma não está curado.

Mas, quando olhamos para uma criança que olha maravilhada para as luzes de Natal, que se encanta com as cores das bolas da árvore ou com as figuras do presépio, e que em segredo faz promessas de se portar bem, na antecipação do presente que vai receber, há coisa mais bela que essa ingenuidade infantil, que acredita piamente na força do Natal, seja ele interpretado de forma mais comercial pelo Pai Natal ou mais religiosamente pelo Deus menino? Certamente que não. Não nos revemos todos naquela criança que já fomos e não nos perpassa com nostalgia, os tempos em que também acreditávamos que as prendas que apareciam na árvore de Natal eram trazidas pelo Pai Natal (ou pelo Menino Jesus)? Certamente que sim.

Pois então, vamos todos acreditar na força deste Natal e procurar que o mistério que ele encerra se concretize.
A todos um Santo e Feliz Natal.

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