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O futuro dos “e-serviços”

IFLA Trend Report 2024

O futuro dos “e-serviços”

Ideias

2024-06-17 às 06h00

Álvaro Moreira da Silva Álvaro Moreira da Silva

Ao longo da minha carreira tive a oportunidade de participar em projetos aliciantes, desenhando, concebendo, e contribuindo para a implementação de sistemas tecnológicos e arquiteturas variadas. Sempre me entusiasmou perceber os meandros, não raras vezes enigmáticos, das soluções tecnológicas desenvolvidas internamente ou até adquiridas a empresas terceiras, e questionar o porquê de se decidir pela aplicação X em vez da Y. Procurei, paralelamente, entender o impacto de cada uma dessas aplicações nos diversos processos de negócio, onde diversos atores almejam tirar partido das prometidas funcionalidades.
Curiosamente, hoje recordei a eclosão dos primeiros pontos de venda eletrónica. Em tempos, substituíram paulatinamente as caixas registadoras mecânicas. Na atualidade, já os vejo a serem novamente substituídos por aplicações ainda mais modernizadas, estrategicamente implantadas em servidores virtuais, operados em nuvem e acessíveis pela Internet sobre a disponibilização de micro serviços. São aplicações cada vez mais modulares, flexíveis e inteligentes, plenamente integradas com outras aplicações, seguindo protocolos e padrões de transferência de dados mais uniformes e seguros, permitindo que o seu acesso seja feito a partir de qualquer parte do mundo.

Penso também na forma como compramos refeições preparadas em restaurantes. Sinto a crescente tendência, que nos é bastante cómoda, para acedermos a serviços de entregas de empresas terceirizadas, tais como Glovo e Uber Eats, cujos aplicativos nos permitem facilmente clicar e encomendar uma deliciosa refeição no aconchego do nosso sofá. Quanto a outros tipos de bens, curiosamente, como os produtos frescos, tenho notado paralelamente uma maior procura por serviços de entrega rápida, porta a porta, onde pequenos e grandes supermercados concorrem entre si, quer procurando variedade na sua oferta como também melhor qualidade, com tempos de entrega cada vez menores.

No ramo alimentar, recentemente, descobri um serviço que promete a seleção de produtos de forma inteligente. Este serviço é suportado pela promessa de uma alimentação saudável e personalizada, onde um cliente registado receberá cabazes de produtos sem que os tenha de encomendar manualmente. Para usufruir deste tipo de serviço, o cliente aceitaria a partilha dos seus dados pessoais, porventura captados por sensores médicos acoplados ao seu corpo, das suas redes sociais, da sua localização ou até do seu genoma. O sistema e os seus modelos inteligentes tratariam de lhe enviar produtos que teoricamente o seu corpo e mente necessitariam naquele período, como se de magia se tratasse.

É incrível, mas é verdade que as inovações tecnológicas são forças catalisadoras, quais ingredientes essenciais para a evolução do setor retalhístico. Vejo empresas e departamentos de tecnologia dos retalhistas, a procurar acomodar a crescente procura por este tipo de serviços, selecionando mais e melhores funcionalidades para o seu já vasto portfólio de aplicações. O futuro dos serviços disponibilizados em linha no ramo alimentar continuará a seguir uma esteira de inovação crescente e determinada. Muito embora neste domínio ainda não seja unânime a aceitação de algum tipo de propostas mais ousadas, tais como a que descobri recentemente, acredito que muitos consumidores não se importariam de, futuramente, partilhar alguns dos seus dados em benefício da sua saúde e conveniência. E você, importar-se-ia?

* com JMS

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