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O estado do elevador social

26.ª Conferência Mundial na área da sobredotação, em Braga!

O estado do elevador social

Ideias Políticas

2024-07-23 às 06h00

Ana Macieira Ana Macieira

A Educação, especialmente no Ensino Superior, deveria impulsionar a ascensão social, porem nos últimos anos tem adensado ainda mais as desigualdades. O abandono escolar no primeiro ano nas universidades públicas voltou a subir, atingindo 11,73%, conforme dados recentes do Portal Infocursos. Este cenário confirma uma tendência alarmante de aumento do abandono.
Além disso, a Direção-Geral do Ensino Superior aponta que apenas 44,4% dos estudantes carenciados conseguiram aceder ao Ensino Superior em 2021/2022. Isso demonstra que o contexto socioeconômico de origem continua a ser um fator determinante no acesso ao Ensino Superior, com apenas 6% de alunos bolseiros nos cursos de excelência.

As desigualdades também se manifestam no alojamento estudantil, principal problema para estudantes deslocados. Em Braga, alugar um quarto pode custar entre 350 a 400€, e sem aumento da oferta de camas, os preços permanecerão elevados. O Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior prometeu 18 mil camas até 2024, mas apenas 1000 foram concluídas até agora.
Em relação à juventude, somos conhecidos como a "Geração Trinta". Em 2011, um jovem de 25 a 34 anos com curso superior ganhava em média 1.570€. Em 2022, esse valor caiu para 1.359€. Com mais graduados e mestres, a inflação causou uma perda de 30% no poder de compra, prejudicando severamente a qualidade de vida dos jovens. Essa redução no poder de compra impede a emancipação dos jovens portugueses, que deixam a casa dos pais aos 30 anos, em média. Por isso, iniciar uma vida própria é cada vez mais difícil, pois a renda de um T1 em Braga supera facilmente metade do salário de um jovem graduado. Como consequência, muitos jovens são obrigados a emigrar em busca de melhores oportunidades, e cerca de 30% dos jovens nascidos em Portugal trabalham no exterior.

Recentemente, o governo avançou com medidas muito positivas para mudar essa situação.
A redução de impostos para jovens, apoios à compra da primeira habitação e o reforço do programa Porta 65 são medidas que demonstram uma preocupação política com o futuro de Portugal, aliviando a pressão sobre nós.
Os primeiros passos já foram dados, mas ainda há um longo caminho pela frente para que Portugal realmente se torne um país de oportunidades para os jovens. Esta é a situação atual da educação e da juventude: preocupante, mas o compromisso que o atual Governo assumiu com a juventude podemos acreditar num futuro mais próspero para Portugal e para as futuras gerações.

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